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Esta semana, Marinécio pode garantir 50% das próximas quatro safras

Durante o penúltimo debate presidencial, realizado na noite de ontem (28) na TV Record, a presidente Dilma deixou claro que sua postura quanto ao setor é a embromação. Questionada pela candidata do PSB, Marina Silva, sobre a mudança no rumo da política favorável ao setor estimulada pelo presidente Lula, Dilma respondeu: “A política de etanol do meu governo é baseada naquilo que você é contra: o subsídio para o etanol, que disponibilizamos através de financiamentos, desoneração de PIS/Cofins e do recente aumento da mistura na gasolina de 25% para 27,5%”. Dilma disse ainda que há um conjunto de medidas para reforçar o setor.

A presidente, com seu tom professoral, repetiu a mesma resposta pronta que ecoa nos últimos três anos, por ela ou por seus representantes nos Ministérios da Agricultura e de Minas e Energia, nos eventos realizados pelo setor na tentativa de mostrar ao governo as agruras que enfrenta. Dificuldades estas que foram bem lembradas por Marina no debate: “Temos 70 usinas que foram fechadas, 40 em recuperação judicial e 60 mil pessoas foram desempregadas, graças ao “fracasso” da política do governo para o etanol”.

Vale lembrar também, porque as medidas paliativas, citadas por Dilma em sua resposta, não passam de mera abstração: as unidades em recuperação judicial não conseguem os financiamentos disponibilizados porque não têm crédito, as desonerações de PIS/Cofins não fazem diferença, uma vez que a gasolina também foi desonerada da Cide, e o aumento da mistura — visivelmente postergado como ação eleitoreira — embora sancionado, depende da conclusão dos testes realizados pelo Cenpes/Petrobras, cujo prazo é imprevisível.

Portanto, do governo atual não se pode esperar nada que ajude a cadeia produtiva, muito pelo contrário. Tendo em vista que as políticas públicas podem impactar em mais de 50% os resultados das usinas e fornecedores de cana, especialmente através da administração dos preços e intervenções nos mercados de combustíveis e de bioeletricidade, temos que calar a embromação petista e o setor exercem influência eleitoral suficiente para ajudar o Brasil nesta tarefa. Afinal, são mais de dois mil municípios brasileiros beneficiados direta ou indiretamente pela agroindústria canavieira, que exerce influência sobre milhões de eleitores. Faltando seis dias para as eleições, todas as pessoas que dependem da cana-de-açúcar podem fazer algo concreto: votar em qualquer candidato que não seja do PT ou de partidos de sua coligação. Temos até o candidato perfeito para o setor: Marinécio!

Não que qualquer um destes candidatos dará benefícios, subsídios ou benesses para os “usineiros”, mas pelo menos não vão penalizar toda uma cadeia produtiva fundamental para o Brasil, por um projeto de poder partidário! Sendo assim, nos próximos seis dias aqueles que dependem da cana-de-açúcar podem semear através das urnas, 50% do que vão colher nas próximas quatro ou mais safras. E isto é muito sério!

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