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Especialista indiano diz que Brasil tem potencial para ser maior fornecedor global de energia

O mercado brasileiro é apontado como o maior fornecedor mundial de energia renovável no curto e médio prazo, de acordo com o especialista em energia Vijay V. Vaitheeswaran. A convite da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Vaitheeswaran, que é correspondente em Nova York da revista britânica “The Economist”, esteve no Brasil no dia 4 de setembro para falar sobre energia durante o lançamento do São Paulo Ethanol Summit – Os desafios da energia no século 21, um seminário sobre álcool que será realizado em junho de 2007.

Para uma platéia formada por empresários do setor sucroalcooleiro, analistas de mercado e jornalistas, Vaitheeswaran alertou, contudo, que os investidores em açúcar e álcool têm de ficar atentos a possíveis baixas no preço do petróleo, inclusive

intencionais. Segundo ele, o mercado tem de estar alerta a possíveis quedas dos preços do petróleo, apesar das recentes estimativas de produção limitada para os próximos anos.

“No momento, está difícil produzir mais petróleo. Mas lembrem-se que isso pode não se manter para sempre. Pode haver uma crise do sistema financeiro na China ou simplesmente se a economia global cresce um pouco menos que o esperado. Há muitas razões pelas quais a demanda flutua”, observou.

Segundo ele, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) normalmente controla a produção da commodity para manter seu preço elevado, mas que já houve ocasiões em que a produção foi ampliada para reduzir os

preços, como em 1998, para punir a Venezuela, acusada de violar o sistema de cotas.

Vaitheeswaran ressaltou que os países do Oriente Médio podem manipular este mercado. Ele observou que o mercado de commodities é vulnerável em relação aos preços. “Não prevejo preços, só chamo a atenção das pessoas que falam que os

preços podem ir apenas para cima, sugiro a elas que leiam a história econômica uma vez mais.”

Maior produtor mundial de açúcar e segundo maior produtor global de álcool, atrás dos Estados Unidos, o álcool brasileiro permanece competitivo mesmo que os preços do petróleo caiam para aproximadamente US$ 40 o barril. Ontem o barril do petróleo Brent tinha fechado cotado a US$ 68,75 o barril (para os contratos de novembro).

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