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Especialista diz que NE pode recuperar 16 milhões de toneladas de cana

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A crise do setor sucroenergético fez com que a Asplan – Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba promovesse, na última quinta-feira, 30 de janeiro, duas palestras sobre perspectiva política, econômica e climática para o setor. O evento reuniu diversos produtores e dirigentes industriais do Estado, no auditório da entidade, em João Pessoa, PB. Um dos palestrantes foi o consultor em questões do setor sucroenergético, Manoel Gregório Maranhão, que tratou da crise política e econômica do segmento, com ênfase no Nordeste.

O especialista falou da crise, do desemprego no Nordeste e do recém-criado comitê de recuperação do segmento em Brasília. Para ele, o setor no Nordeste precisa recompor 16 milhões de toneladas de cana perdidas nos últimos 20 anos devido à queda da produtividade na região. “Tínhamos uma produção de 70 milhões de toneladas de cana e hoje temos 54 milhões. O setor cresceu 20% no ano passado no Centro/Sul, mas no Nordeste encolheu 25%. Isso também representa 70 mil empregos perdidos que podem ser recuperados se o setor tiver apoio para se recompor”.

Como alento, ele lembra que o Governo Federal criou o Comitê Temático Interinstitucional para Recuperação do Setor Sucroenergético da Região Nordeste. Investimento em inovação, aumento da produção, elevado endividamento das empresas e baixo nível de mecanização e modernização tecnológica, devem ser temas constantes nas reuniões do Comitê, criado pelo MI – Ministério da Integração Nacional e integrado pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – Sudene, setor industrial, fornecedores de cana-de-açúcar, Contag, Banco do Brasil, BNB, BNDES e MI – Ministérios da Integração, Mapa – Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do MDA – Desenvolvimento Agrário, da MF – Fazenda e do MDIC -Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“Vamos anunciar a existência desse comitê para sociedade e cobrar do governo ações de recuperação do setor. Queremos aproveitar a oportunidade e colocar tudo na mesa a anunciar a oferta dos empregos perdidos. O setor está pronto para ter 70 mil novos empregos anunciados, nos oito estados do Nordeste, só precisa de incentivo”, afirmou.

Ele também defendeu a permanência da subvenção econômica do setor e a presença de uma agência reguladora. Para ele, esses assuntos também devem ser levados ao Comitê. “Essa subvenção deveria ser permanente e não favor político. Ela deveria ser respaldada em lei porque só assim o setor nordestino consegue competir com o Centro-Sul”, destacou o especialista, conclamando o segmento a dar “status” ao Comitê criado.

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