Fevereiro começa com desafios enormes para os produtores brasileiros diante dos prejuízos provocados pelo La Niña. O fenômeno que leva ao resfriamento das águas do Oceano Pacífico, provoca seca intensa no sul do país ao mesmo tempo em que faz chover acima da média nas regiões Centro-Oeste e Sudeste e em parte do Nordeste também.
O especialista Marcos Fava Neves defende a abertura de uma linha de crédito para socorrer os produtores mais afetados. “Nós temos que ver agora com esses produtores que perderam tudo, a criação de uma linha de crédito para que eles possam postergar os pagamentos que precisam ser feitos”.
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Como medida a médio e a longo prazo, Neves avalia a necessidade de uma melhoria do seguro, para assegurar alguma renda ao produtor. “Temos que pensar também sempre no médio e longo prazo, que é a melhoria do seguro, para garantir alguma renda, mesmo não tendo a produção”, afirma.
Neves também defende uma melhoria da capacidade de armazenagem e a inovação “para tentar variedades que possam sobreviver e ter uma performance melhor num ambiente tão ruim como esse”, avalia.
No Brasil, além do efeito do La Niña, há influência de um fenômeno de longo prazo chamado de Oscilação Interdecadal do Pacífico (ODP). Essa oscilação tem tornado o Sudeste e o Centro-Oeste mais secos, durante o verão, há pelo menos dez anos.