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Equalização une fornecedores de cana do Nordeste

Durante reunião ocorrida no último dia 5, no Recife, fornecedores de cana de todo o Nordeste reiteraram sua união para reivindicar a liberação dos recursos do Programa de Equalização de Custos da Cana-de-Açúcar. Por meio da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), a categoria vai elaborar um documento com todas as demandas da categoria e que será entregue ao Grupo de Trabalho Interministerial da Casa Civil que vem ao Nordeste para diagnosticar quais os principais problemas do setor sucroalcooleiro na região. A primeira parada será em Alagoas, nos dias 13 e 14 e depois o grupo segue para Pernambuco.

Segundo Edgar Antunes, presidente da Unida e da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana), a classe fará suas reivindicações baseadas na situação do Nordeste como um todo. “Os problemas dos fornecedores de cana de Alagoas são os mesmos dos fornecedores de Pernambuco e da Paraíba. Por isso, vamos integrar esforços para negociarmos com a comitiva governamental e, dessa forma, alcançarmos nosso objetivo comum, que é a liberação dos recursos da Equalização, imprescindíveis para a sobrevivência da classe e manutenção de milhares de empregos”, conta Antunes.

O Programa de Equalização foi criado nos anos 60, com o objetivo de equilibrar a diferença de custos entre a produção canavieira do Nordeste (maiores) e do Centro-Sul (menores). No entanto, o dinheiro, que é garantido por lei, não é repassado desde o final do governo Fernando Henrique Cardoso.

“Na escala de produção dos plantadores nordestinos, que em sua maioria são de pequeno e médio porte, não dá para continuar sem esses recursos. Somos parte de uma atividade de grande importância socioeconômica para a região e só em Alagoas e Pernambuco, ela representa maior parte do PIB”, alerta o secretário-geral da Unida, Gregório Maranhão.

Segundo Maranhão, outro assunto que será abordado no encontro com o Grupo Interministerial será o endividamento dos produtores junto aos bancos, em especial o Banco do Brasil. “Queremos resolver esse problema para que a classe possa retomar o acesso às linhas de crédito disponíveis para o setor”, disse.

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