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´Equalização e políticas regionais são necessárias ao setor´

“O Nordeste precisa de uma política regional de eqüalização. O plano de safra do Governo Federal é salutar para o setor. Mas é preciso haver mecanismos de compensação regional, como a eqüalização canavieira para os produtores nordestinos. A eqüalização é um mecanismo de compensação entre as regiões produtoras, no caso o Nordeste e o Centro-Sul. O Centro-Sul possui um custo mais baixo de produção. Daí a necessidade da equalização”, diz o presidente do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar/PE), Renato Cunha. Os repasses da equalização, que não acontecem há 2,5 safras, somam, segundo estimativas do setor, cerca de R$ 1,2 bilhão.

Para o executivo, o plano de safra é bem-vindo mas poderia ser melhorado. Dos R$ 39,5 bilhões anunciados pelo Governo Federal, o volume de recursos destinados ao setor sucroalcooleiro é de apenas 1,2% do valor total (cerca de R$ 500 milhões).

“A maioria destes recursos, aproximadamente 90%, é voltado para a comercialização do álcool combustível. Mas aqui no Nordeste estamos no período da entresafara enquanto as demais regiões produtoras estão colhendo. Daí a necessidade de uma política regional de equalização, com garantia de preços mínimos como foi feito com outras commodities como a borracha, a juta e o sisal”, observa Cunha.

Renato Cunha lembra que o agronegócio do setor sucroalcooleiro do Nordeste é responsável por uma movimentação próxima dos R$ 4 bilhões por safra, além de ser responsável pela geração de cerca de 350 mil empregos diretos. “É necessário assegurar o período da entresafra, reduzir os custos de produção e os desníveis competitivos. Daí a necessidade de uma política regional para o setor”, acrescenta.

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