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EPE defende ampliação do mercado mundial de etanol

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, defende que além da padronização do etanol e sua transformação em commodity (produto negociado em bolsas de mercadorias), se criem condições para que outros países, principalmente da África e da América Central, possam também se transformar em produtores de álcool.

Tolmasquim acredita que a inserção de outros países no mercado produtor de etanol é fundamental para a garantia de suprimento aos mercados.

“O etanol não vai virar uma commodity se houver apenas um país exportador. Para a solidificação do mercado mundial é necessário que haja outros países produzindo e exportando também. Só assim será obtida a confiança por parte dos países que têm pretensões de importar o produto”, defende.

Tolmasquim é favorável que o Brasil atue como país fornecedor de tecnologia na produção do etanol. “O Brasil tem aí uma perspectiva boa de transferência de tecnologia na produção de etanol para países que tenham solo adequado à produção de cana-de-açúcar, como os da África, da América Central e mesmo da Ásia”.

O presidente da empresa encarregada pelo governo federal de pensar o planejamento energético do país alerta, no entanto, que é preciso estar atento às condições de sustentabilidade da cultura da cana-de-açúcar de modo a que não possam ocorrer danos ao meio ambiente ou à produção de alimentos no país.

“O governo brasileiro já tem essa preocupação de criar critérios que garantam que o etanol produzido no país seja feito de forma sustentável, sem implicar em condições sociais ruins, afetando o meio ambiente ou mesmo competindo com culturas alimentares”. (Nielmar de Oliveira)

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