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Eólicas e PCHs batem recorde de contratação e superam vendas de biomassa da cana

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O leilão A-5, realizado nesta sexta-feira, 13 de dezembro, negociou energia de 97 empreendimentos eólicos, que somam 2,3 GW, 16 PCHs, que somam 307 MW, e cinco térmicas a biomassa, — a de melhor desempenho foi a da usina mineira, Santo Ângelo, que teve 13.900 MW contratados, a R$135,00 por MW/h — e uma a cavaco de madeira, que totalizam 161 MW. No final foram contratados 3,5 GW a um preço médio de R$ 109,93/MWh. Tanto a Associação Brasileira de Energia Eólica quanto a Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa se surpreenderam com a contratação recorde das eólicas e PCHs.

Para o engenheiro Humberto Vaz Russi, da Aliança Engenheiros Associados, o resultado demonstra apoio do governo a setores como o de energia eólica em detrimento a energia derivada da biomassa de cana. “As usinas tem muito potencial de energia elétrica a ser explorado. Mas é preciso investimento na área. É verdade que o setor de energia eólica se desenvolveu, através de melhores projetos, como altura de torres, e custo de equipamento, que antes eram importados, mas o teto dos preços que o governo determinou nos leilões favoreceu a energia eólica. O preço teto era de 144 reais por MW/h, mas acabou sendo negociado em 135,49 por MW/h”, critica. 

Humberto Vaz Russi afirma que é preciso que o governo tenha uma política bem definida para a energia cogerada da biomassa de cana, facilitando as linhas de crédito do BNDES — Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Financeiro, para que o produtor possa vende-la a um preço rentável. “Um fator primordial para o crescimento da comercialização da energia da biomassa de cana é a linha de crédito, que existe, mas as usinas precisam estar 100% saudáveis para adquiri-las. Como isto será possível neste momento de crise”, questiona.

Indagada sobre o tema pelo JornalCana durante webconferência realizada nesta manhã, 17 de dezembro, Elizabeth Farina, presidente da Unica — União da Indústria da Cana-de-Açúcar, comemorou o fato da energia cogerada pela biomassa ter feito parte do leilão.

“A bioeletricidade cogerada nas unidades produtoras é importante para equilibro financeiro da receita das usinas. E muito embora, as eólicas tenham tido um bom rendimento, acredito que a volta da biomassa ao mercado foi um avanço, ainda tímido, dado o potencial que a biomassa possui”, comentou Farina.

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