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Ênfase na bioenergia faz Arysta LifeScience mudar foco de mercado

A certeza de que a agricultura no mundo passa por profunda transformação, levou a Arysta LifeScience, indústria de agroquímicos de capital predominantemente japonês, a mudar o seu foco no mercado. A empresa, que até meados do ano passado atuava no mercado brasileiro a razão social Hokko do Brasil, decidiu abandonar mercados que se mostraram menos lucrativos, como os de soja e milho, para concentrar sua área de atuação nos mercados de cana, café e horticultura.

As chamadas grandes culturas, como soja, milho e algodão serão atendidas por meio da infra-estrutura da concorrência, num sistema de cooperação em que ela fornece o produto, mas a distribuição fica a cargo das grandes empresas do ramo. A direção da Arysta LifeScience, que atua agora com essa denominação em 60 países, está convencida de que a bioenergia passará a ditar os rumos do mercado de produtos agrícolas.

“A opção pela cana, como mercado prioritário está relacionada à ênfase que está sendo dada a essa tendência do mercado”, declarou o presidente da Arysta, Flávio Enor Prezzi. Segundo informou, os custos elevados que envolvem a comercialização de defensivos nas principais regiões produtoras de grãos tornam a operação pouco interessante para a empresa que, segundo o ranking da Associação Nacional de Defesa (Andef), ocupa a oitava colocação no Brasil.

Prezzi, com mais de 25 anos de experiência no mercado de defensivos agrícolas no Brasil e América Latina, monta a estratégia para garantir o crescimento da empresa no País. A Arysta herdou da Hokko a estreita relação com os produtores de hortaliças e de feijão. Para o executivo, atender aos pequenos e médios produtores requer atendimento especial, mas a relação com a empresa é bastante positiva. Além disso, os riscos das operações são menores, porque estão diluídos entre um maior número de clientes. Isso não ocorre com os grandes plantadores de grãos, em que as negociações se tornam desgastantes, especialmente quando as margens são estreitas ou até inexistentes.

O presidente da Arysta prevê um futuro mais ameno para o setor, pela recuperação dos preços, puxados pela demanda por matérias-primas para bioenergia. Mas, para Prezzi, a alta das commodities esperada para os próximos meses não será suficiente para recuperar a renda do produtor e tampouco reduzir o elevado endividamento que afeta o setor de defensivos.

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