De janeiro a junho de 2020, a bioeletricidade ofertada para a rede pelo setor sucroenergético foi 8.399 GWh, o que representa uma alta de 5% entre janeiro e junho de 2019 e 2020 e 77% da geração da bioeletricidade em geral no período, conforme levantamento da União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA), a partir de dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Estima-se que essa energia renovável de 8.399 GWh tenha evitado a emissão de 2,8 milhões de toneladas de CO2, marca que somente seria atingida com o cultivo de 20 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.
Dos 8.399 GWh gerados pelo setor sucroenergético para a rede, entre janeiro e junho deste ano, 64% foram ofertados em maio e junho, meses que compõem o período seco para o setor elétrico brasileiro.
“Trata-se de uma geração equivalente a ter poupado 6% da energia armazenada sob a forma de água nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste, por conta da maior previsibilidade e disponibilidade da bioeletricidade justamente no período seco e crítico para o setor elétrico brasileiro”, explicou Zilmar de Souza, gerente de Bioeletricidade da UNICA.
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Em capacidade instalada de geração, atualmente outorgada pela ANEEL, o Brasil detém 174.705 MW. A biomassa em geral representa 9% da matriz elétrica brasileira, com 15.294 MW instalados (mais do que uma Itaipu), ocupando a 4ª posição na matriz, atrás das fontes hídrica, eólica e gás natural.
Com referência à bioeletricidade da cana, o setor sucroenergético tem 406 usinas termelétricas (UTEs) em operação comercial, detendo hoje 11.659 MW, superando a capacidade instalada na usina Belo Monte (que é 11.233 MW).
O setor sucroenergético representa em torno de 7% da potência outorgada no Brasil e 76% da fonte biomassa em geral.
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Somente cinco Estados detêm quase 90% da capacidade instalada pela fonte biomassa no setor sucroenergético: São Paulo detém 51% da capacidade instalada com 204 UTEs, seguido por Goiás (12% da capacidade instalada) com 32 UTEs, Minas Gerais (12%) com 45 UTEs, Mato Grosso do Sul (9%) com 23 UTES e Paraná (4%) com 27 UTEs.