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Empresários do setor participam de debate sobre cenários econômicos

A Biocana, Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Energia, promoveu nesta quinta-feira, 9 de Setembro, em Catanduva (SP) um seminário para discutir os cenários econômicos do Brasil e do mundo em 2010 e previsões para 2011. O evento, realizado em parceria com o Banco Modal, contou com a participação de empresários do setor sucroenergético e profissionais das áreas financeira e administrativa.

O economista-chefe do Banco Modal Asset, Felipe Tâmega, ministrou uma palestra em que foram apresentadas as previsões da Economia para os próximos meses.

No cenário internacional, Tâmega destacou que o crescimento-base de 4% do mundo – esperado para 2010 e 2011 – terá como responsável o bom desempenho dos países emergentes, como a China e o Brasil. Para o especialista, os Estados Unidos devem crescer, este ano, 2,5% e, no ano que vem, 2,0%. Já a Europa terá expansão de 1% nestes dois anos, enquanto a China, a segunda maior economia do mundo, registrará aumento de 9% no seu desempenho econômico no mesmo período.

Dados do Banco Modal revelam que a baixa performance dos Estados Unidos se deve ao fato de o país apresentar uma lenta recuperação pós-crise. Para se ter uma idéia, segundo os números da agência Bloomberg, atualmente 8,5 milhões de estão desempregados, o que impacta negativamente nos índices de consumo das famílias americanas, que estão endividadas.

Na Europa, o destaque vem da Alemanha, que lidera o crescimento do continente, devido, sobretudo, às suas exportações que representam 25% das vendas externas realizadas pelos grandes blocos mundiais. Além disso, os alemães podem se orgulhar de sua política fiscal contida e da alta produtividade interna. Por conta de problemas fiscais, países periféricos como Portugal, Itália, Grécia e Espanha estão tendo dificuldades em fechar a conta do desenvolvimento econômico-monetário.

Situação bem diferente vive a Ásia, alavancada, principalmente pela China, que nos últimos anos vem sendo a “menina dos olhos” da economia global. Entretanto, segundo os dados apresentados na palestra, os chineses passarão por uma pequena recessão em 2011. Algo já esperado diante do histórico expressivo de crescimento registrado ultimamente. A inflação do país, de acordo com as previsões, terá ligeira alta, mas permanecerá entre 2 e 4% ao ano.

Brasil

Se o cenário internacional realmente se concretizar, as perspectivas para o Brasil não são das piores. Segundo Felipe Tâmega, os economistas já estão projetando para cima a previsão de crescimento do país para este ano. O índice previsto está na casa dos 7,5%. Para o especialista, o quarto trimestre de 2010 deverá registrar crescimento de 1%, apesar do período eleitoral. “Este bom desempenho se deve a uma situação interna favorável. Hoje, vivemos o menor nível de desemprego dos últimos sete anos, o rendimento médio do brasileiro aumentou muito e o acesso ao crédito foi facilitado”, disse Tâmega.

Ainda de acordo com o Banco Modal, para 2011, o dinamismo interno do Brasil deverá ajudar a cumprir a meta de crescimento econômico que é de 4,5%. Mas o economista alerta que, como Europa e EUA continuam com problema e há uma desaceleração em curso na China, é possível que este desempenho possa ser alterado.

Sobre os juros brasileiros, a previsão é de que sejam mantidos em 10,75% este ano e atinjam os 11,75% em 2011. Para o Banco Modal, o governo continuará com a política de flutuação de câmbio. A estimativa é que o dólar chegue a R$ 1,80 em dezembro de 2010 e a R$ 1,90 e, dezembro de 2011.

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