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Empresário Ricardo Mansur é afastado de usina por falta de pagamento a trabalhadores

O empresário Ricardo Mansur, que foi dono das lojas de departamento Mappin e Mesbla, foi afastado na última segunda-feira do controle da Usina Galo Bravo, de Ribeirão Preto. A usina está parada, com 1,3 mil empregados sem receber salários desde maio.

Os donos da companhia, que reassumiram a direção da empresa, calculam uma dívida de R$ 2,5 milhões com funcionários da indústria e cortadores de cana. Eles passaram o dia conversando com investidores, na tentativa de levantar recursos e reativar a usina.

A usina era arrendada por Mansur há 11 meses. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais procurou o Ministério Público, que já entrou com ação na justiça. A Usina Galo Bravo tem capacidade para produzir, por safra, 1,5 milhão de toneladas de cana, cerca de 80 milhões de litros de etanol e 30 mil toneladas de açúcar.

A produção da rede de televisão EPTV tentou contato durante todo dia de ontem com o empresário Ricardo Mansur, mas ele não foi encontrado. Nenhum representante do empresário quis gravar entrevista.

Entenda o caso

Em agosto de 2009, os donos da Usina Galo Bravo concederam uma procuração pública para o empresário Mansur assumir a direção da empresa, que tinha uma dívida estimada em R$ 450 milhões pelos credores. A família Balbo afirma que a intenção era resolver os problemas financeiros e que Mansur conseguiria recursos para a empresa. Com os novos problemas, a procuração foi revogada.

O acordo com a usina foi o primeiro grande negócio de Ricardo Mansur, após as falências das lojas de departamentos Mesbla e Mappin e do banco Crefisul, e 10 anos depois de ser preso, acusado de crime contra o sistema financeiro. Na ocasião, o empresário ficou 51 dias preso, acusado de ter divulgado boatos pela internet sobre uma possível quebra do banco Bradesco.

No mês passado, Mansur devolveu a destilaria Pignata, em Sertãozinho (SP), adquirida no início deste ano. No início de abril, Mansur também desfez a aquisição da Faculdade Batista de Vitória (Fabavi), na capital do Espírito Santo, negociada em outubro de 2009, e reassumida pelo Instituto Batista de Educação de Vitória (IBEV), após o empresário deixar de pagar parcelas da aquisição.

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