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Empresa saudita poderá importar cana do Brasil

Empresa saudita poderá importar cana do Brasil

Em reunião promovida pelo embaixador brasileiro em Rihad, Flavio Marega, o ministro Geller recebeu o CEO do grupo AKS Saeed Saudi Arabia, Khalid Saleh Almusa, do setor açucareiro saudita, que apresentou projeto da ordem de US$ 200 milhões de investimento em uma refinaria a ser construída no país árabe.

A intenção do AKS é abastecer esta unidade com a importação de aproximadamente um milhão de tonelada anual do produto brasileiro, até 2017. O grupo é apoiado pelo Fundo de Agricultura Saudita, entidade que financia a iniciativa privada do país árabe na negociação com outros mercados. Geller destacou o potencial de crescimento do setor sucroalcoleiro e se comprometeu na interlocução direta com o segmento para o avanço das negociações.

– Este é um investimento que interessa muito ao Brasil e posso garantir, em nome da presidente Dilma Rousseff, que não faltará empenho do nosso governo para que ele seja viabilizado – garantiu Geller.

De janeiro a outubro deste ano, as vendas do agronegócio do Brasil para o país árabe registram um volume de U$$ 1,75 bilhão, com destaque para a carne de frango, com negociações em torno de US$ 1,04 bilhão – o mercado brasileiro é a origem de 75% das importações de frango da Arábia Saudita.  Em segundo e terceiro lugares na lista de maiores embarques estão, respectivamente, o setor sucroalcoleiro, com US$ 377 milhões, e o complexo soja (soja em grãos), com US$ 149 milhões.

Este desempenho reafirma o resultado verificado em 2013 quando as vendas para a Arábia Saudita registraram um total de US$ 2,49 bilhões em produtos agropecuários. A liderança ficou com a carne de frango (US$1,41 bilhão), seguida pelo complexo sucroalcoleiro (US$ 481 milhões). A relação comercial entre os dois países registra também participação expressiva nas vendas de milho que, em 2013, fecharam em 1,1 mil de tonelada.

O Brasil exporta para a Arábia Saudita: carnes, complexo sucroalcooleiro, complexo soja, cereais, farinhas e preparações, produtos florestais, café, lácteos, couros, produtos de couros e peleteria, sucos, rações para animais, chá, mate e especiarias, produtos alimentícios diversos, frutas (inclui nozes e castanhas), demais produtos de origem vegetal, demais produtos de origem animal, fibras e produtos têxteis, cacau e seus produtos, produtos oleaginosos (exclui soja).

A delegação liderada pelo ministro Neri Geller é composta também pelo secretário de Relações internacionais do Mapa, Marcelo Junqueira, pelo diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Leandro Feijó, técnicos do ministério e representantes de entidades do setor, com o Associação Brasileira da Indústria de Exportação de Carnes (Abiec) e Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Depois da Arábia Saudita, a missão segue para a China e Malásia.

(Fonte: Rural BR)

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