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Empresa espanhola investe em energia de caroço de azeitona

Depois de descobrir as vantagens do azeite de oliva como nutriente, os espanhóis encontraram nos resíduos da planta um recurso energético.

Na Espanha, maior produtor mundial de oliveiras, já funcionam aquecedores movidos a caroços de azeitona. Segundo a empresa que desenvolveu a tecnologia, trata-se de energia 100% limpa, renovável e por um oitavo do preço da convencional.

Dos cinco milhões de toneladas de azeitona produzidos por ano no país, quatro milhões eram resíduos que acabavam no lixo. Agora são biomassa.

A idéia surgiu da empresa madrilenha Colordom, de apenas 15 empregados.

“É uma fórmula baseada no estilo das caldeiras da idade média, antes que existissem os combustíveis fósseis, misturando a tecnologia atual. O resultado é energia ecológica”, disse o diretor-geral da Colordom, Juan Cabello.

Sem gás carbônico

O sistema é totalmente informatizado. As caldeiras são alimentadas pelos caroços triturados, que têm tanta capacidade de combustão que não necessitam de nenhum tipo de azeite para queimar.

Ao lado dos aquecedores são colocados pequenos armazéns que abastecem a máquina. A combustão, que chega aos 180 graus, gera a energia. Sem cheiro, sem barulho e sem gás carbônico, um destruidor da camada de ozônio.

As primeiras investigações para criar esse tipo de biomassa também basearam-se nos processos de aquecedores nórdicos, que utilizam serragem como combustível.

“Como a Espanha é o maior produtor do mundo de azeitona, o lógico era pesquisar uma matéria-prima local, o que reduz bastante os gastos”, explicou Cabello.

“Veja que um litro de qualquer combustível líquido é derivado de petróleo, que é produto importado, caro e sempre com tendência a alta. Enquanto os caroços de azeitona eram desperdiçados.”

Outra vantagem está na segurança. “Um acidente com um transporte de petróleo é muito perigoso. Mas um vazamento de caroços de azeitona o que pode causar?”, indagou o empresário.

Os primeiros consumidores defenderam o projeto pela economia, pela energia renovável e pela alta tecnologia.

“Realmente a modernidade chama bastante a atenção. Que tudo esteja controlado e informatizado entre a central da empresa e a minha casa. Escolhemos essa instalação porque no fim das contas praticamente só havia vantagens”, disse o arquiteto Jorge Turell.

Desvantagens

As desvantagens são o investimento incialo, já que o preço das caldeiras é 30% maior que as convencionais; e o espaço. Nem todas as casas têm lugar para caldeiras, de 1 m x 1,5 m, mais os armazéns; um litro de combustível líquido equivale a dois quilos de caroços triturados.

A empresa também está começando a trabalhar com outras fontes de energia naturais. Como os caroços de azeitona, já fazem combustíveis de cascas de amêndoas, caroços de uvas ou resíduos de pinheiros.

Pelas estatísticas de Colordom 2,5 milhões de toneladas de caroços de azeitona podem abastecer de energia 1,5 milhão de casas.

Somando todos os tipos de resíduos naturais de plantas há biomassa suficiente para 4,5 milhões de residências.

Um exemplo da própria natureza: o sol a cada dia produz um milhão de

vezes mais energia do que todas as fontes de combustíveis fósseis juntos. E até agora as plantas são os únicos seres vivos que aproveitam 100% dos recursos solares.

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