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Empresa de grupo francês fecha acordo com usina do interior paulista

O bagaço é a principal fonte das usinas de cana para gerar energia elétrica
O bagaço é a principal fonte das usinas de cana para gerar energia elétrica

A Albioma, empresa produtora de energia controlada por grupo francês que tem entre os sócios a Séchilienne, filial da Air Liquide, acaba de oficializar no Brasil a ampliação de produção de eletricidade cogerada pela biomassa da cana-de-açúcar.

A empresa de origem francesa, que já é sócia do grupo sucroenergético Jalles Machado na unidade termelétrica (UTE) Albioma Codora Energia S. A., agora oficializa acordo de cooperação com o grupo sucroenergético Vale do Paraná.

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Com o acordo, assinado em 20/05/2016, a Albioma foca o desenvolvimento de um novo projeto de cogeração no estado de São Paulo. Com capacidade anual de moagem de 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, a destilaria Vale do Paraná é uma filial dos grupos sucroenergéticos Pantaleon, principal produtor da América Central (capacidade de moagem de 13 milhões de toneladas de cana) com sede na Guatemala, e Manuelita, uma das principais empresas diversificadas na área agroindustrial, com sede na Colômbia (capacidade de moagem de 4,5 milhões de toneladas de cana na Colômbia e no Peru).

Leia mais: Conheça as 4 UTEs que venceram no leilão A-5

O Portal JornalCana lista a seguir 5 informações do acordo entre a Albioma e a Vale do Paraná:

1

A Albioma e a Vale do Paraná irão constituir, conjuntamente, uma empresa de projeto que será proprietária e operadora da usina de cogeração do Vale do Paraná. Esta empresa construirá uma ampliação, elevando a potência da instalação de 16 para 48 MW, dos quais 30 MW serão exportados para o Sistema Interligado Nacional.

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A Albioma terá 40% de participação na empresa de projetos e terá o papel de parceiro técnico durante as fases de construção e operação , contribuindo com seu know-how de especialista mundial de cogeração com alta eficácia energética a partir do bagaço.

3

A Vale do Paraná participou com sucesso do último leilão de energia (leilão A-5), garantindo a venda no mercado regulado de 80% da produção de energia elétrica prevista. Assim, 120 GWh/ano foram vendidos, por 25 anos a contar de 1.º de janeiro de 2021, ao preço historicamente elevado de R$ 245,20/MWh (base 2016) indexado pela inflação, o que assegura a rentabilidade do projeto.

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O investimento, estimado em R$ 100 milhões (base 2016), é elegível para financiamento de longo prazo pelo banco de desenvolvimento do Brasil (BNDES). Sua aprovação continua sujeita a condições suspensivas (como a obtenção de financiamentos e de todas as autorizações necessárias à construção e à interconexão da cogeração).

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Jacques Pétry, Presidente e Diretor-Geral da Albioma, declara: “Este projeto se enquadra perfeitamente na estratégia de desenvolvimento da Albioma no Brasil. Os critérios de seleção que estabelecemos para nossos novos investimentos foram atendidos: qualidade da contraparte , comercialização da energia no mercado regulado e financiamento de longo prazo em boas condições. Com esta terceira unidade nosso objetivo é desenvolver uma das centrais de cogeração de melhor desempenho do Brasil. Estamos muito satisfeitos com a parceria com a Vale do Paraná, que tem como acionistas dois grupos familiares sólidos, presentes na produção de açúcar na América Latina há mais de 150 anos, e com os quais nós compartilhamos a visão e os valores de responsabilidade social e ambiental, bem como de excelência operacional.”

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