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Emprego na indústria se contraiu em novembro, segundo IBGE

O emprego industrial caiu 0,4% em novembro de 2002 em relação ao mês anterior, após dois meses consecutivos de crescimento neste tipo de comparação. O indicador acumulado no ano permaneceu negativo em -1%. Já em relação a novembro de 2001, houve aumento de 0,4% no número de postos de trabalho, a primeira taxa positiva desde dezembro de 2001. Esses dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego e Salário do IBGE, divulgadas nesta quarta.

Entre outubro e novembro do ano de 2002, houve queda em 11 dos 14 locais e oito dos 18 setores industriais pesquisados. São Paulo (-0,5%) foi o local que exerceu o maior impacto negativo. Em seguida, destacou-se Minas Gerais, com a segunda principal influência negativa e a menor taxa (-0,8%). Por atividade industrial, as principais contribuições negativas foram observadas em refino de petróleo e produção de álcool ( -12,0%) e alimentos e bebidas ( -0,8%), afetados, sobretudo, pelo término da safra de cana-de-açúcar.

Ainda no mesmo período, entre os locais que apresentaram crescimento, destacaram-se, por ordem de importância na composição da taxa global, os estados de Santa Catarina (0,6%), Ceará (1,9%) e Pernambuco (0,2%). Já entre as atividades que expandiram o nível de emprego, sobressaíram fumo (6,8%), minerais não-metálicos (0,3%), produtos de metal e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações, ambas com 0,4%.

Na comparação com novembro de 2001, foi registrado o primeiro resultado positivo neste tipo de comparação (0,4%). Oito áreas aumentaram o número de empregados, com destaque para as participações de Santa Catarina e região Norte e Centro-Oeste, ambos com crescimento de 5,8%. Em contraposição, entre as dez áreas em queda, São Paulo (-1,5%) e Rio de Janeiro (-3%) despontaram como as principais contribuições negativas.

Na análise setorial, oito ramos registraram aumento no número de trabalhadores, sendo os mais importantes na composição da taxa global: alimentos e bebidas (5,7%), máquinas e equipamentos – exclusive elétricos (7,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (26,5%). Negativamente, os impactos mais significativos foram exercidos por máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-8,5%), outros produtos da indústria de transformação (-7,1%) e têxtil (-2,5%).

O indicador acumulado do ano ainda foi negativo para o emprego industrial (1%), porém registrou resultado menos acentuado do que os assinalados em setembro (-1,3%) e em outubro (-1,1%). Sete locais apresentaram queda. São Paulo (-3,0%) e Rio de Janeiro (-5%) exerceram as principais influências negativas também neste indicador. Setorialmente, foram verificadas quedas em 12 segmentos. Máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-12,2%) respondeu pelo principal impacto negativo no resultado geral.

Com resultados positivos, Santa Catarina (4,6%) e Norte e Centro-Oeste (1,4%) apresentaram o maior peso na ampliação do emprego, enquanto que por atividade, alimentos e bebidas (4,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (37,1%) responderam pelas contribuições mais importantes.

O indicador de médias móveis trimestrais confirmou uma trajetória ascendente, após um período de virtual estagnação, com o trimestre encerrado em novembro assinalando crescimento de 0,4% frente a outubro.

O valor da folha de pagamento da indústria mostrou crescimento real de 9,4% de outubro para novembro, sendo este resultado influenciado, em grande medida, pelo pagamento de parcela do 13o salário. Nos confrontos com iguais períodos de 2001, as variações continuam negativas: -2,5% no mensal e -2% no acumulado do ano.

Em relação a novembro de 2001, o valor da folha de pagamento apresentou redução em 10 ramos e em sete locais pesquisados. Setorialmente, as perdas mais significativas na composição da taxa global de -2,5% ocorreram nas indústrias de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-16,8%) e na de produtos químicos (-9,4%). Entre os locais, a região Sudeste (-4,7%) e São Paulo (-5,4%) permaneceram com as quedas de maior impacto. Do lado positivo, destacaram-se com as maiores contribuições, em nível regional, as indústrias das regiões Norte e Centro-oeste (9,4%) e de Santa Catarina (5,6%) e, setorialmente, as de alimentos e bebidas (5,6%) e de borracha e plástico (5%).

No indicador acumulado no ano, as perdas observadas no valor da folha de pagamento das indústrias de São Paulo (-5,1%) e da região Sudeste (-3,8%) determinaram o resultado global negativo (-2%). No entanto, nesta variável, a maioria (nove) dos locais pesquisados registrou variação positiva. Os maiores ganhos foram registrados nas regiões Norte e Centro-oeste (5%) e do Ceará (3,6%).

Ainda no indicador acumulado no ano, entre os ramos pesquisados no total do país predominaram as taxas negativas, com 11 dos 18 setores reduzindo a folha de pagamento. As perdas de maior impacto na formação do resultado global ocorreram nas indústrias produtoras de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-16,9%) e de meios de transporte (-4,5%). Já os ganhos de maior expressão são registrados em alimentos e bebidas (5,1%) e na metalurgia básica (5,7%).

O total de horas pagas pelo setor industrial voltou, em novembro, a cair em relação ao mês anterior ( -1,2%), após dois meses consecutivos de aumento. Na comparação com novembro de 2001, houve um pequeno crescimento (0,3%), ficando com variação negativa no indicador acumulado no ano (-1,4%). Já o número de horas pagas por trabalhador assinalou redução em todos os confrontos: -0,8% de outubro para novembro, -0,1% no mensal e -0,4% no acumulado do ano.

A queda de 1,2% no número de horas pagas observada no total do país na passagem de outubro para novembro refletiu um quadro onde 12 dos 14 locais pesquisados apresentou taxas negativas. Na indústria da Bahia o recuo foi mais agudo (-2,9%), a do Ceará apresentou crescimento nulo (0,0%) e, apenas em Pernambuco foi registrado aumento (0,5%). Em nível setorial, apenas os ramos produtores de fumo (0,7%) e de produtos de metal – exclusive máquinas e equipamentos (0,5%) ampliaram o total de horas de um mês para o outro, ficando o ramo de refino de petróleo e produção de álcool (-12,4%) com a redução de maior impacto.

Em relação a novembro de 2001 o quadro foi mais favorável, com oito dos 14 locais e oito dos 18 setores ampliando o total de horas pagas na produção. Por local, as indústrias das regiões Norte e Centro-oeste (7,2%), de Santa Catarina (4,3%) e do Ceará (4,0%) registraram os aumentos mais expressivos. Do lado negativo, respondendo pelas maiores pressões, encontraram-se a região Sudeste (-1,5%) e São Paulo (-1,6%). Em nível nacional, entre os setores pesquisados, o de alimentos e bebidas (6,8%) responde pela maior contribuição positiva no cômputo geral, e o de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-9,2%), pela negativa.

No indicador acumulado no ano, apesar dos números do total de horas pagas serem positivos em nove dos 14 locais pesquisados, a forte redução observada nas indústrias da região Sudeste (-3,3%) e de São Paulo (-3,7%) fez com que o total do país registrasse queda (-1,4%). Do lado positivo, a indústria de Santa Catarina (3,5%) se destacou com o maior aumento. Em nível setorial, ainda no indicador acumulado no ano, observou-se queda no número de horas pagas do total do país em 15 dos 18 setores pesquisados. O principal impacto negativo,neste confronto, veio do setor produtor de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-12,7%), e o positivo, de alimentos e bebidas (4,4%). (www.ig.com.br)

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