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Emprego na indústria paulista tem 3ª alta

A indústria paulista abriu 6.038 postos de trabalho em março, o que representou alta de 0,29% no nível de emprego sobre fevereiro. Foi o terceiro mês consecutivo de crescimento do número de vagas no setor. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a alta acumulada no primeiro trimestre chega a 0,93% em relação a dezembro de 2005, com a criação de 19.540 ocupações no período.

Para Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, os números do trimestre refletem a recuperação da indústria, apesar de terem ficado abaixo do registrado no mesmo período de 2005, quando foram abertas 30 mil vagas. A reação do emprego ainda é um pouco tímida, mas positiva. A avaliação de Francini é de que a criação de postos de trabalho no setor deve ser mais forte em abril, maio e junho, acima de 0,5% ao mês, já que há uma defasagem de quatro meses entre um desempenho positivo ou negativo da atividade industrial e o emprego. A Fiesp tem detectado aceleração do ritmo de atividade do setor desde novembro do ano passado. A expectativa para o ano é positiva, diz Francini. Segundo ele, a estimativa da entidade para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2006 foi elevada de 3% para 4%, mas o número oficial ainda será divulgado até o fim do mês. Se isso se confirmar, a atividade industrial deve apresentar crescimento de 5,5% a 6% no ano. Com isso, podemos esperar um aumento do emprego em torno de 3,5% ou 4%.

Renda

Segundo o diretor da Fiesp, os empresários do setor estão otimistas porque apostam no aumento da renda dos trabalhadores e aposentados acima da inflação, principalmente por causa da elevação de R$ 50 no valor do salário mínimo, que passa de R$ 300 para R$ 350 a partir deste mês.

Além disso, o consumo também deverá ser favorecido pela redução dos juros e aumento da oferta de crédito. Tudo isso deverá se refletir com mais força no consumo de bens de consumo não-duráveis, como alimentos e outros produtos vendidos nos supermercados, que são justamente os que mais empregam mão-deobra no País. No mês passado, o setor que liderou a alta do nível de emprego foi o de produção e elaboração de combustíveis, cuja variação chegou a 19,25%, refletindo a colheita da safra de cana-de-açúcar.

Outro setor que apresentou variação importante foi de produtos minerais e não metálicos, sobretudo vidros e cimento, devido à recuperação da construção civil.

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