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Emprego na indústria paulista cresce 0,18% em julho, diz Ciesp

O nível de emprego regional da indústria paulista cresceu 0,18% em julho em relação ao mês anterior, mas apresentou forte baixa de 64,5% na comparação com o resultado de mesmo período do ano passado. Foram criados 3,537 mil postos de trabalho no mês passado, ante as 9,981 mil vagas registradas em julho de 2004. Os dados foram divulgados ontem pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que entrevistou 1,780 mil empresas, responsáveis por 93% do emprego industrial do estado.

Nos primeiros sete meses do ano, o número de emprego na indústria paulista acumulou alta de 2,4%, com a criação de 46,597 mil empregos, em relação ao resultado verificado no mesmo período do ano passado, de 68,028 mil postos.

Para Boris Tabacof, diretor titular do Ciesp, o crescimento do emprego da indústria não deve se sustentar ao longo do ano. “Se a taxa de juros continuar do jeito que está, o emprego pode chegar a um nível zero por volta de outubro e novembro”, estimou. No entanto, Tabacof avalia que esse quadro pode se reverter se o Banco Central (BC) começar o processo de queda da taxa de juros. “O que nos preocupa é o fato de a crise política ser usada como pretexto para adiar o processo de queda dos juros”, disse.

Ainda de acordo com o diretor do Ciesp, a alta do emprego em julho, em relação a junho, foi pontual. “A alta pode ser atribuída a alguns fatores sazonais, como as contratações para o processamento de suco de laranja e para a safra da cana-de-açúcar, que vai até outubro”.

Os números mais positivos das contratações ocorreram em Presidente Prudente (alta de 1,18%), Matão (2,26%) e Rio Claro (+1,64), regiões que concentram empresas fabricantes de alimentos.

Tabacof chamou a atenção para a região de Franca – onde está um dos principais pólos calçadistas do País -, que mostrou reação positiva nas contratações em julho (+1,11%), revertendo a crise dos últimos períodos.

Natal mais fraco

Em razão do varejo projetar um Natal fraco este ano, o assessor econômico da presidência do Ciesp, Carlos Eduardo Cavalcanti, disse acreditar que a indústria do estado de São Paulo não deve fazer muitas contratações no segundo semestre. Existe um conceito de sazonalidade de contratações na indústria entre agosto, setembro e outubro, por conta das encomendas que o comércio faz para as festas de fim de ano. “O comércio este ano espera um Natal muito fraco e a indústria não está encontrando fôlego para sustentar a criação de empregos”, disse Cavalcanti.

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