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Emprego cresce pelo 5º- mês

São Paulo, Em maio, foram criados 24 mil vagas pela indústria paulista, alta de 1,09% frente a abril. Impulsionado pelo setor sucroalcooleiro, o nível de emprego na indústria paulista de transformação cresceu pelo quinto mês consecutivo. Segundo dados divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em maio, foram criados 24 mil vagas, expansão, na série sem ajuste sazonal, de 1,09% em relação a abril, quando a alta de 2,44% representou o melhor resultado de 2007.

A indústria do açúcar e do álcool responde por 67% desse total, o que equivale a 16,1 mil novos postos de trabalho. Mesmo com a forte contribuição do segmento sucroalcooleiro, o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp (Depecon), Paulo Francini, avaliou que outros setores também realizaram mais contratações em maio.

No acumulado dos últimos 12 meses, o nível de emprego registra variação positiva de 2,53% e, no ano, a alta é de 6,66%. Entre janeiro e maio deste ano foram gerados 138 mil postos de trabalho, sendo 100,7 mil oriundos do setor sucroalcooleiro. De acordo com Francini, maio sempre foi um mês positivo. “A magnitude deste ano é expressiva e maior que a de maio do ano passado, quando houve alta de 0,73%”, observou.

Dos 21 setores pesquisados, 14 apresentaram desempenho positivo, enquanto sete realizaram mais demissões. Os produtos para fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool tiveram o maior aumento em maio, com elevação de 5,74%. Na análise dos últimos doze meses, a alta foi de 15,53%.

Em segundo aparece o setor de outros equipamentos de transporte, com elevação de 4,77% no mês passado e 21,17% em relação ao mesmo período de 2006. Na outra ponta está o segmento de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados, com queda de 2,97%, em maio, e 11,18 na comparação com maio do ano passado.

Expectativa positiva

A expectativa do nível de emprego para o resto do ano é positiva, segundo Francini. No entanto, ele prevê que a indústria crescerá nesse ano abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) do País, estimado em 4,2% pelos analistas do mercado financeiro durante a última pesquisa do Banco Central. O diretor da Fiesp voltou a defender um corte mais robusto na taxa básica dos juros para conter a valorização cambial, considerada, no atual patamar, um fator prejudicial na competitividade das empresas exportadoras.

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