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Empreendimentos do Proinfa vão gerar 914 MW até o fim do ano

A expectativa de um crescimento no setor energético com fontes alternativas é de 914 megawatts (MW) até o final deste ano, segundo previsão do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia (Proinfa). Entre as novas plantas previstas para entrar em operação, pelo menos 17 são de biomassa, 10 de origem eólicas e 10 pequenas centrais hidrelétricas( PCH). As informações são do assistente de diretoria de engenharia da Eletrobrás e coordenador do programa, Sebastião Florentino da Silva.

Já entraram em operação as usinas de Coruripe (AL) – movida a biomassa -, os parques eólicos do Rio do Fogo (RN), Osório(RS), e a PCH de Carlos Gonzatto (RS). Estes empreendimentos juntos totalizam 115 MW. Ainda de acordo com as previsões entrarão em operação até o final deste mês mais 14 plantas – biomassa, eólica e PCH – que em conjunto deverão agregar ao sistema elétrico brasileiro, 389 MW.

Silva, que já participou da construção de empreendimentos importantes como Tucuruí, afirmou através de comunicado, que não tem dúvidas de que até o final do próximo ano, o Proinfa terá atingido a meta que é de 3.300 MW e admite que enfrentou dificuldades para que o programa fosse desenvolvido.” Houve problemas na obtenção de financiamentos e também nas questões ambientais, mas hoje eles estão quase superados”, disse o engenheiro acrescentando também que apenas 150 MW dos 3.300 MW previstos enfrentam problemas sérios.

Ainda segundo o comunicado, essa informação é diferente da que está no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que informa que apenas 882 MW de projetos ligados ao Proinfa não tem obstáculos a vencer. “Na lista da Aneel aparecem com problemas projetos que estão presos apenas por questões burocráticas, como de documento ou outra filigrana jurídica. Parece então que a construção dessas usinas está parada, mas não estão”, diz o técnico.

Os preços desses novos empreendimentos do Proinfa foram definidos pelo Ministério de Minas e Energia e a Eletrobrás, considerando os aspectos técnicos e as condições de mercado de cada uma das fontes. Para biomassa, por exemplo, o valor é de R$ 104,00 (cerca de US$ 50); PCH, R$ 134,00 (em torno de US$ 60) e, para eólica, varia entre R$ 200,00 a R$ 230,00 (atualmente, US$ 95).

O preço da eólica, é alto afirma Sebastião Florentino da Silva, mas pode baixar num prazo curto. A previsão é de que até 2010, as unidades eólicas estejam produzindo na faixa de US$ 50,00 a US$ 60,00 MW.

A Eletrobrás, vai comprar 12,6 milhões de MW/hora por ano, o que garante aos investidores um faturamento anual de R$ 1,8 bilhão.

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