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Embrapa estuda novas variedades de sorgo como alternativa para segmento sucroenergético

Com a demanda de etanol crescente no país, o sorgo sacarino vem sendo apontado como cultura complementar à cana. Segundo pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, o ciclo de 120 dias favorece a utilização de áreas de repouso do solo e de renovação, com plantio e colheita mecanizada e sem exigir alterações no processamento industrial, o sorgo poderá se tornar fonte adicional de receita e possível ampliação do período de safra. Neste sentido, a Embrapa vem trabalhando para a superação das dificuldades, para a popularização do sorgo e também para o lançamento de novas variedades.

Atualmente, segundo o agrônomo e pesquisador da entidade, Rafael Parrella, 25 novas variedades de sorgo sacarino estão sendo avaliadas pela Embrapa Milho e Sorgo em diversas regiões brasileiras por um período mínimo de dois anos. “Desta forma, esperamos lançar novos materiais em um prazo de até três anos”, adianta.

Segundo ele, estas variedades são bastante promissoras e apresentam produtividade em torno de 50 toneladas por hectare de biomassa verde por ciclo e boa sanidade de folhas. Além disso, estão sendo realizados novos cruzamentos visando o desenvolvimento de linhagens sacarinas, inexistentes no Brasil hoje. “Estas linhagens serão utilizadas para a confecção de híbridos experimentais sacarinos, que serão avaliados em todas as regiões brasileiras para posterior recomendação”, afirma.

A Embrapa Milho e Sorgo possui um programa de desenvolvimento de cultivares de sorgo sacarino desde a época do Pró-Álcool. Três cultivares de sorgo sacarino foram lançadas pela Empresa na década de 1980 (a variedade BRS 506 e os híbridos BRS 601 – que ainda permanece no mercado – e o BRS 602). “Estes materiais são bastante produtivos e apresentam rendimento de aproximadamente quatro mil litros por hectare de etanol em um período de três meses e meio”, apresenta o pesquisador. (Fonte: Sindalcool PB)

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