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Embrapa avalia etanol de 2ª geração

As análises das biomassas, que são oriundas de um projeto da Empresa para identificar matérias-primas adequadas para a produção do biocombustível, são realizadas nos laboratórios da Embrapa Hortaliças e da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, ambas no Distrito Federal.

“Estamos implementando algumas metodologias para quantificação de açúcares provenientes de biomassas como o cana-de-açúcar, sorgo sacarino, capim elefante, taxi branco e eucalipto, que são de interesse para a produção de etanol”, diz a pesquisadora da Embrapa Agroenergia, Dasciana Rodrigues.

“O desdobramento da celulose em glicose é fundamental para que os microrganismos consigam consumir o açúcar e assim produzir o etanol. A quebra das cadeias celulósicas é feita pela ação de enzimas, ou por combinação entre métodos físicos, químicos e enzimáticos”, explica uma das responsáveis por este trabalho, Cristina Machado, pesquisadora da Embrapa Agroenergia. A produção de etanol de segunda geração é de grande importância para o Brasil, pois além de ampliar a oferta do combustível, possibilita produzí-lo durante todo o ano e também em regiões onde não se planta cana-de-açúcar, ressalta Machado.

“Já temos um raio X das matérias-primas. Entre as analisadas as florestais são as que têm maior percentual de celulose, embora o alto teor de lignina atrapalhe a hidrolise e comprometa o processo de produção do etanol de segunda geração. Com estas informações, podemos desenhar os próximos passos, até a produção final do biocombustível”, destaca Dasciana Rodrigues.

Até o momento foram utilizadas as metodologias descritas pela Universidade de São Paulo – USP e pelo Laboratório Nacional de Energias Renováveis – NREL dos Estados Unidos, as quais envolvem a hidrólise ácida da biomassa seguida da análise cromatográfica dos monômeros formados como a glicose, xilose, arabinose, manose, celobiose, entre outras.

“É muito importante contar com metodologias de fácil execução e boa precisão, por que elas serão usadas ao longo de todo o projeto para efetuar as análises comparativas das matérias-primas e também para as avaliações de rendimentos e eficiência dos processos” enfatiza Rodrigues.

Essas metodologias serão testadas também para a quantificação de açúcares em hortaliças como cenoura, cebola e batata, destaca a pesquisadora da Embrapa Hortaliças, Patrícia Carvalho. “Caso seja necessário, serão realizados pequenos ajustes do método para estas matrizes”, explica Carvalho. De acordo com ela, um dos objetivos do trabalho é substituir a metodologia utilizada atualmente que, apesar de requerer um curto tempo de análise, envolve o uso de reagentes tóxicos como o fenol, por exemplo, e gera grande quantidade de resíduos.. Este estudo será realizado pela Embrapa Hortaliças com a colaboração da equipe da Embrapa Agroenergia.

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