Mercado

Embrapa apresenta proposta de pesquisa com lignoclulose

As estratégias da Embrapa para o desenvolvimento de etanol a partir de lignocelulose estão sendo apresentadas no workshop “Hidrólise da rota de etanol celulósico a partir de cana-de-açúcar”, que termina hoje (11), em Campinas, SP. O evento é promovido pela Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol do Ministério da Ciência e Tecnologia.

A proposta está sendo difundida ao público pela engenheira química e doutora em processos biotecnológicas, Cristina Machado, pesquisadora da Embrapa Agroenergia. Ela enfatiza que as várias rotas tecnológicas para produção de etanol de matéria-prima lignocelulósica, em desenvolvimento no Brasil e no mundo, apresentam alguns gargalos técnico-científicos relevantes que vêm merecendo esforços concentrados de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

As rotas tecnológicas são processos de conversão complexos, com etapas interdependentes, cuja eficiência e eficácia são influenciadas de forma importante pelas características das matérias primas, e abrangem diferentes áreas do conhecimento.

O desenvolvimento demanda uma abordagem integrada, multidisciplinar e multi-institucional, característica de projetos em rede, com elevado nível de organização do esforço de pesquisa e múltiplas competências técnico-científicas, além de infra-estrutura especializada e volume substancial de recursos financeiros.

O projeto propõe a integração de uma equipe multidisciplinar que encontra-se dispersa em várias Unidades Descentralizadas da Embrapa e, com a adesão de Instituições Parceiras.

Em uma perspectiva de médio e longo prazos, será estratégico para o Brasil produzir etanol a partir de biomassa lignocelulósica, intenção expressa no Plano Nacional de Agroenergia 2006-2011. O uso desta biomassa diminuirá consideravelmente a competição pelo uso da terra para produção de alimentos, ao mesmo tempo em que constitui matéria-prima mais barata que aquelas empregadas para este propósito. Além disso, os biocombustíveis elaborados de biomassa lignocelulósica geram baixas emissões de gases de efeito estufa, reduzindo impactos ambientais.

A Embrapa Agroenergia, uma das Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desenvolve projeto que visa caracterizar e oferecer melhores matérias primas, ou seja, alternativas de biomassa, além de desenvolver rotas tecnológicas para a produção sustentável de etanol a partir de materiais lignocelulósicos.

Devido a outras unidades da empresa já terem conhecimento e possuir banco de plantas e de microorganismos, os trabalhos de pesquisa nessa área são favorecidos possibilitando vantagens para alavancar o desenvolvimento e integração de processos, que é o principal foco da Embrapa Agroenergia.

Banner Revistas Mobile