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Embraer testa biocombustível para reduzir CO2 emitido na aviação

O setor de aviação mundial se comprometeu a reduzir em 50% as emissões de CO2 até 2050, tendo 2005 como referência. A promessa foi feita há dois anos na cúpula climática de Copenhague. Para alcançar tal objetivo, deverá haver um investimento de mais de 1,5 bilhão de dólares na utilização de aviões com menor consumo energético.

Durante o anúncio desse compromisso, João Moutinho, secretário-geral da iniciativa, explicou que a “a aviação é responsável por 2,5% das emissões totais de CO2 e por 8% do PIB mundial”. Ele considerou ainda que as companhias aéreas são as que mais têm contribuído para uma redução “extraordinária” da pegada ambiental.

Entre as apostas que serão feitas nessa jornada de diminuição das emissões de CO2, os biocombustíveis possuem importante parcela. E nesse trabalho, o mercado brasileiro da aviação, que é o que mais tem crescido no mundo, está fazendo a sua parte. A Embraer fez o primeiro voo teste com bioquerosene no Brasil no mês passado. A fórmula usada na iniciativa brasileira já possui certificação internacional, obtida em julho. Avaliada como positivo, o experimento soma mais uma das ações para reduzir a emissão de CO2 gerada pela aviação.

O bioquerosene foi desenvolvido pela Caafi (Iniciativa da Aviação Comercial para Combustíveis Alternativos). Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o combustível chamado de bioAQV é o primeiro querosene renovável certificado para avião comercial no mundo. A fabricação deste combustível é semelhante a do biodiesel, que pode ser produzido tanto com gordura animal como também com qualquer oleaginosa. O combustível pode ser usado pela aviação comercial em uma mistura de até 50% com o QAV (querosene para aviação) normal.

Os voos com a aeronave Embraer 170, equipado com motor da General Electric, foram apenas testes, porém representam um grande experimento para ambas as empresas. O próximo passo será avaliar outros combustíveis.

“A série de testes abriu caminho para o estudo de outros biocombustíveis produzidos a partir de biomassas e processos tecnológicos em desenvolvimento pela indústria, que serão avaliados pela Embraer e a GE. Estes combustíveis estão sendo estudados por fornecedores em todo o mundo, incluindo o Brasil”, afirma a empresa.

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