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Em queda, preço do álcool volta ao patamar de outubro nos postos de SP

Em trajetória descendente nos últimos dois meses, o preço do litro do álcool em São Paulo já retornou ao patamar que era verificado no início de outubro, quando custava em torno de R$ 1,40, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Na semana passada, o litro do combustível ficou 6,2% mais barato nos postos paulistas, sendo encontrado por R$ 1,422, em média. Em um mês, a retração chega a 15%. No início de março, pagava-se R$ 1,687 médios.

Na média de todo o Brasil, o movimento é semelhante. Na semana passada, atesta o levantamento de preços da agência, o litro do álcool custava, em média, R$ 1,695, recuo de 3,8% frente aos preços da semana anterior. Ao longo das últimas quatro semanas, o álcool ficou, em média, 11,1% mais barato em todo o país.

Usar álcool é mais vantajoso, na comparação com a gasolina, em sete Estados — Bahia, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Tocantins. Cálculos de especialistas, baseados no poder calorífico dos combustíveis, apontam que o álcool é competitivo até chegar a 70% do preço da gasolina. Para fazer a conta, deve-se dividir o preço do álcool pelo da gasolina. Se o resultado ficar acima de 0,70, o álcool deixa de ser vantajoso.

Em alguns Estados do país, o litro do álcool chegou a romper a barreira de R$ 2. É o caso do Rio de Janeiro, por exemplo, onde na semana de 7 a 13 de março, o combustível custava, em média, R$ 2,097 nos postos. Desde então, o preço despencou 7,9%, e na semana passada, o consumidor encontrava o litro do álcool por R$ 1,930 médios, nos postos fluminenses.

O preço do álcool disparou no final do ano passado, com a redução do volume do combustível disponível no mercado. A menor oferta ocorreu devido à combinação do aumento do consumo que houve nos últimos meses, aliada às fortes chuvas que afetaram as regiões produtoras.

Influenciou também o aumento da produção de açúcar para suprir falhas de abastecimento no mercado internacional. Uma maior parte da produção de cana de açúcar foi direcionada para a produção da commodity, em detrimento ao álcool.

No início de fevereiro, o governo autorizou a redução da quantidade de álcool misturada à gasolina. O objetivo era disponibilizar maior quantidade do combustível renovável no mercado.

O litro da gasolina teve pequena variação na média de todo o país, segundo a ANP. Na semana passada, era encontrado por R$ 2,565 médios, variação negativa de 0,39% em relação aos preços da semana anterior.

Em São Paulo, a gasolina custava, em média, R$ 2,442, queda de 1% frente aos valores da semana anterior.

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