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Em 10 anos, a demanda de etanol deve crescer 165%, diz EPE

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que a demanda de etanol carburante no mercado interno passe dos 20 bilhões de litros em 2008 para 53 bilhões de litros em 2017, um crescimento de 165%. A previsão faz parte do plano decenal para o período 2008/2017, que será divulgado pela empresa em dezembro.

Se acordo com o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o crescimento é expressivo. “Se considerarmos que 75% dos carros flex fuel usam etanol e mais os 25% que tem de etanol misturado à gasolina, vamos chegar em 2017 com 80% de abastecimento dos veículos a álcool sendo supridos por etanol”.

Em relação à demanda internacional, Tolmasquim afirma que a expansão das exportações brasileiras tem sido alavancada por fatos externos, como ocorre atualmente com as legislações dos Estados Unidos e Europa, que têm ampliado as metas do uso de biocombustíveis. O plano decenal considera, por exemplo, a lei norte-americana aprovada recentemente, que fixou a meta de atingir 91 bilhões de litros de etanol em 2017, e na União Européia de 5% de combustíveis renováveis no transporte em 2015 e 10% em 2020.

Nesse cenário, a expectativa é que o Brasil saia de um total de uma exportação de 4 bilhões de litros de etanol para 8 bilhões de litros em 2017, sendo o Japão o mercado mais promissor no momento.

O cenário traçado pela EPE trabalha com uma taxa de crescimento mundial de 4,3% ao ano e de 5%/ano para a economia nacional, com preço médio do barril de petróleo de US$ 85,00, chegando a US$ 75,00 ao final do período. A EPE considera que a venda de veículos no Brasil passará de 2,6 milhões em 2008 para 3 milhões/ano em 2017, numa avaliação bastante conservadora diante do crescimento da economia e da população, conforme definiu o presidente da empresa, Maurício Tolmasquim.

O plano leva em conta também o aumento de 4,8% da taxa média anual da frota de veículos no país, da qual 90% dos veículos novos vendidos são bicombustíveis. Tolmasquim disse que 30% do parque instalado são carros flex. “Se considerarmos que 90% dos veículos novos vendidos são flex fuel, vamos chegar em 2017 com cerca de 74% da frota de carros flex”.

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