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Eletrobras vai rever investimentos e pode postergar projetos

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, disse nesta terça-feira (16) que a empresa vai rever seu plano de investimentos e buscar a redução de custos para diminuir o nível de endividamento.

A empresa fechou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 18,3 bilhões, crescimento de 12,3% em relação ao trimestre anterior.

O indicador de dívida liquida sobre Ebitda, que indica quantos anos a empresa precisaria para pagar a dívida com sua geração de caixa, era de 8,2 vezes no dia 30 de junho.

“É um indicador alto”, disse o presidente da empresa, Wilson Ferreira, em teleconferência com analistas nesta terça. Segundo ele, a ideia é baixar o número para algo entre 4 e 5 vezes.

Para isso, a companhia vai iniciar uma revisão no plano de investimentos. “Há um conjunto de empreendimentos que, no cenário econômico atual, podem ser modulados ou atrasados”, disse Ferreira, sem entrar em detalhes.

No primeiro semestre de 2016, a companhia investiu R$ 4,576 bilhões, o equivalente a 32% do projetado para o ano todo.

Segundo a empresa, a menor realização já tem o objetivo de adequar os gastos da empresa ao fluxo de caixa.

Além da revisão dos investimentos, a Eletrobras vai buscar a redução de custos com pessoal, materiais e serviços, que somaram R$ 4,222 bilhões no primeiro semestre.

Ferreira não detalhou os planos, mas citou como exemplo o fato de a Eletrobras estar hoje espalhada em seis edifícios no Rio, como uma das possibilidades de cortes de custos.

“Precisamos melhorar a ineficiência de custos”, disse o executivo, que assumiu o cargo no fim de julho.

Ele disse ainda que a empresa avalia mudanças na estrutura societária e organizacional do grupo, que é hoje dividido entre a holding, quatro grandes subsidiárias de geração e transmissão, a Eletronuclear e dezenas de sociedades de propósito específico.

“É uma estrutura compartilhada, grande, pesada”, comentou. “Queremos uma estrutura mais leve e focada.”

A Eletrobras fechou o segundo trimestre com lucro de R$ 12,7 bilhões, provocado pela contabilização de indenizações que a empresa receberá pela renovação antecipada de concessões de transmissão.

(Fonte: Folha de S.Paulo)

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