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Produção de eletricidade da cana avança 4% e abastece 12 milhões de residências

Alta foi em 2019 ante 2018, destaca a UNICA

Foto: Arquivo/JornalCana

A produção de eletricidade a partir da biomassa da cana-de-açúcar cresceu 4% em 2019 ante o ano anterior.

Durante 2019 foram produzidos e ofertados para a rede de distribuição 22.407 gigawatts-hora (GWh) gerados por bagaço e palha.

Os cálculos são da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), elaborados a partir de dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Esse montante de energia é capaz de abastecer a 12 milhões de residências ao longo de todo 2019.

Os 22.407  GWh feitos da cana evitaram a emissão de 7,6 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2).

“Essa marca só é conseguida com o cultivo de 53 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos”, afirma Zilmar Souza.

Ele é gerente de bioeletricidade da UNICA.

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Eletricidade da cana: 82% da geração de bioeletricidade

Souza destaca que a biomassa do setor sucroenergético continua sendo a principal fonte para a bioeletricidade no país.

Em 2019, a bioeletricidade ofertada para a rede, pelo setor sucroenergético, foi de 22.407 GWh ou 82% da geração pela bioeletricidade em geral.

E foi equivalente a ter poupado 15 pontos percentuais da energia armazenada sob a forma de água nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste.

Em novembro do ano passado, os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste registram um índice de 18,7% da capacidade total.

Foi o mais baixo armazenamento de água desde outubro de 2017, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

De acordo com a UNICA, em 2019, 84% da bioeletricidade para o SIN foram ofertados justamente entre maio e novembro.

Trata-se do período seco, crítico e mais oneroso para os consumidores do SIN.

“A bioeletricidade da cana consegue dar esta contribuição para o SIN devido à sua complementariedade com a fonte hídrica”, diz o gerente de bioeletricidade da UNICA.

“A bioeletricidade entrega uma energia não intermitente para o SIN.”

Usinas de cana são ‘reservatórios virtuais’

“Esse é um atributo de firmeza de geração sazonal que precisa ser devidamente reconhecido no processo de Modernização do Setor Elétrico Brasileiro”, atesta.

Conforme ele, as usinas de bioeletricidade da cana são ‘reservatórios virtuais’ das hidrelétricas.

Isso em um sistema interligado ainda dependente da fonte hídrica, cada vez mais complexo com a entrada natural das fontes intermitentes.

 

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