Com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP) no Brasil, o país tem a oportunidade de se posicionar ainda mais como líder em energias renováveis.

No entanto, o aumento da produção de petróleo pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, traz tendências, desafios e oportunidades que precisam ser analisados.
A realização da COP no Brasil coloca o país no centro das discussões globais sobre mudanças climáticas e sustentabilidade.
Esse evento é uma plataforma crucial para promover políticas e iniciativas que incentivem o uso de energias renováveis, incluindo a bioenergia.
A presença de líderes mundiais e especialistas no Brasil pode atrair investimentos e parcerias internacionais, fortalecendo o setor de bioenergia.
Além disso, a COP no Brasil pode impulsionar a implementação de políticas públicas voltadas para a sustentabilidade, como compensações fiscais e parafiscais para produtores de bioenergia (vão precisar com os juros altos projetados para o ano), subsídios para pesquisa e desenvolvimento, e programas de educação e conscientização sobre a importância das energias renováveis.
Essas medidas podem aumentar a competitividade do setor e estimular a inovação tecnológica.
Por outro lado, o aumento da produção de petróleo nos Estados Unidos, impulsionado pelo presidente Donald Trump apresenta um cenário desafiador para o setor de bioenergia.
A maior oferta de petróleo pode levar a uma redução nos preços globais do combustível fóssil, tornando as energias renováveis menos competitivas em termos de custo.
Daí a importância de mecanismos que façam essa compensação de preços como o RenovaBio.
Assim, essa situação também pode ser vista como uma oportunidade para o Brasil reforçar seu compromisso com a sustentabilidade e a transição energética e com políticas como o RenovaBio.
A dependência excessiva de combustíveis fósseis é insustentável a longo prazo, e o Brasil pode se destacar ao investir em alternativas limpas e renováveis.
A bioenergia, especialmente a partir da cana-de-açúcar e do etanol, já é uma realidade consolidada no país e pode ser expandida para atender à demanda interna e externa.
Para continuidade de políticas de Estado como o RenovaBio, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desempenha um papel crucial na fiscalização e punição de irregularidades no setor.
A atuação rigorosa da ANP é fundamental para assegurar a qualidade dos biocombustíveis e a conformidade com as normas ambientais, garantindo a credibilidade do mercado.
Outro aspecto importante para o futuro do setor de bioenergia no Brasil é a regulação da Lei Combustível do Futuro, que visa incentivar o desenvolvimento e a utilização de combustíveis mais limpos e eficientes.
A implementação desta lei pode impulsionar a inovação tecnológica e a diversificação da matriz energética, fortalecendo a posição do Brasil como líder em energias renováveis.
Paralelamente, o novo mercado de carbono, que estabelece mecanismos de precificação das emissões de gases de efeito estufa, pode criar oportunidades para o setor de bioenergia.
A comercialização de créditos de carbono pode gerar receitas adicionais para os produtores de biocombustíveis, incentivando práticas mais sustentáveis e contribuindo para a redução das emissões.
Viveremos em novo mundo com perspectivas diferentes para Bioenergia e além de lidar com crescimento de júris internos (vai reduzir os retornos financeiros dos agentes do setor), mudanças tributárias que ainda não estão claras em seu impacto para o setor, teremos que lidar com a Agenda COP com a Agenda Americana.