Edição JornalCana

Cana-de-açúcar (com hífen): resiliência, investimentos e inovação

Confira o editorial da edição 351 do JornalCana

Cana-de-açúcar (com hífen): resiliência, investimentos e inovação

Diante da crescente possibilidade de escassez de recursos naturais, o mundo começa a despertar para as questões ambientais. Estamos entrando em uma corrida contra o tempo em busca da sustentabilidade, o que molda novos investimentos e intensifica a busca por alternativas econômicas e ambientalmente viáveis.

Esse cenário implica mudanças de paradigmas e transformações, especialmente no setor energético, caracterizando a transição energética. Nesse contexto de constantes transformações, a cana-de-açúcar, mais uma vez, demonstra sua resiliência. Graças à sua renovabilidade, essa planta, que resistiu até mesmo a uma reforma ortográfica, permanecendo com hífen, pode assumir o protagonismo nesse momento de transição.

Diante dessa nova realidade, o setor bioenergético vem se diversificando, ampliando e investindo em novos processos tecnológicos e plantas, mantendo a convicção de que, para crescer e se viabilizar como protagonista nessa fase de transição, é preciso continuar executando o básico com maestria, precisão e eficácia.

O setor tem correspondido a esse desafio. Nesta edição do JornalCana, trazemos uma matéria que aponta a expansão do mercado de etanol. Além dos veículos flex e das companhias aéreas, que apostam no SAF, o transporte marítimo também recorre a combustíveis sustentáveis para reduzir suas emissões de gases poluentes.

Em entrevista exclusiva ao JornalCana, Mahatma Ramos dos Santos, diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP), afirma que, “em um mercado global e integrado, há espaço para diversas rotas tecnológicas e complementaridade entre propostas de descarbonização. Assim, o etanol, com certeza, é uma delas. Os biocombustíveis são uma alternativa concreta”.

O etanol também chega aos motores dos maquinários agrícolas. “Está no DNA da Grunner trazer soluções do campo para o campo. Por isso, o protótipo de motor movido a etanol é um grande passo rumo à descarbonização nos motores pesados, trazendo como solução o melhor combustível sustentável: o etanol”, destaca Denis Arroyo, CEO da Grunner, em reportagem nesta edição.

Avanços significativos também foram feitos no etanol de segunda geração (E2G). No dia 24 de maio, a Raízen inaugurou sua planta de etanol de segunda geração no Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba-SP. Com um investimento de R$ 1,2 bilhão, essa é a maior instalação de etanol celulósico do mundo, com uma capacidade de produção anual de 82 milhões de litros, dos quais 80% já foram contratados. A Raízen, maior produtora mundial de E2G, vê nesse biocombustível uma solução essencial para o compromisso com a produção de energia limpa e renovável.

Outro grande investimento ocorreu na Cerradinho Bioenergia, que inaugurou sua nova unidade de produção de etanol de milho em Maracaju, no Mato Grosso do Sul. Com um investimento de R$ 1,08 bilhão, a planta tem capacidade para processar 608 mil toneladas de milho, produzindo 266 milhões de litros de etanol, 161 mil toneladas de DDGS (subproduto utilizado na alimentação animal) e 10 mil toneladas de óleo.

A 11ª edição do SINATUB destacou-se pela presença de tecnologia e inovação. Com a experiência dos palestrantes e o inédito painel “As mulheres e o etanol”, o evento apresentou as principais novidades sobre temas como “Balanços de massa e energia, tratamento de caldo e fabricação de açúcar” e “Fermentação, destilação e levedura”.

Nesta edição, trazemos muitos conteúdos relevantes, como o acordo entre produtores e indústria sobre a divisão da receita do CBios, processos de aquisições, troca de comando em entidades representativas do setor e muito mais.

Seguimos nossa missão de apresentar todas as mudanças, trazendo sempre a melhor informação. Boa leitura!

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