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Economia no campo não exclui adiamento do início da safra

A quase inevitável queda de rendimento financeiro, devido a preços baixos e oferta em alta, exige a adoção de algumas medidas na área agrícola, que podem ajudar no equilíbrio do caixa. “O mais indicado é fazer o menor investimento possível, sem deixar de realizar a manutenção. Quem não cuidar do canavial, vai se arrepender mais tarde”, adverte Edgar Gomes Ferreira de Beauclair, professor do Departamento de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo .— Esalq/USP, campus de Piracicaba (SP). As reformas e expansões de lavouras devem – de acordo com ele – ser desaceleradas. Tudo o que for feito para economizar, sem comprometer a qualidade, é bem-vindo. “Não existe receita pronta. As medidas precisam ser analisadas para cada situação”, enfatiza.

O professor Edgar de Beauclair sugere a utilização de ferramentas de gestão, como as de análise de decisões que indicam, tecnicamente, quais são as melhores opções para cada caso. Esse sistema, constituído por diversos softwares, vinculam a ação a fatores como custo, rendimento, eficiência, considerando as demandas das áreas agrícola, industrial e financeira. “Entre duas variedades, pode ser preferível realizar, inicialmente, a colheita daquela que apresenta um teor de açúcar mais elevado, enquanto a outra pode ficar para um momento mais adequado de maturação. Isto pode ser demonstrado por uma dessas ferramentas”, exemplifica.

As recomendações técnicas, visando à redução de custos, podem não apresentar resultados favoráveis caso a situação e a estratégia da unidade não sejam avaliadas de maneira detalhada. O tiro corre o risco de sair pela culatra. “O efeito pode ser negativo”, alerta Edgar de Beauclair. Cuidadoso e ponderado em relação à adoção de receitas prontas e genéricas, o professor da Esalq observa, no entanto, que o adiamento do início da safra deve ser estudado pelas usinas e destilarias. “Caso haja condições, o recomendável, nesse ano, é começar a moagem em maio. Quanto mais tarde, melhor, desde que o término não se prolongue até dezembro. O adiamento favorece a maturação mais adequada, o que melhorará a qualidade do produto e os ganhos financeiros. É claro que devem ser considerados fatores como necessidade de fluxo de caixa, cumprimento de contratos, além de questões técnicas como o florescimento de determinada variedade “, avalia

Leia matéria completa na edição 122 do JornalCana

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