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Ecodiesel sobe com rumores

Em dia no qual predominou o sentimento de aversão ao risco, as ações da Brasil Ecodiesel seguiram na contramão do Ibovespa e fecharam o dia com a maior alta do índice, de 4,49%, para R$ 0,93%. No início da tarde, quando as ações começaram a ganhar força, o mercado apostou que o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) outorgaria de volta o selo social para a Brasil Ecodiesel. No final do dia, no entanto, a empresa informou em fato relevante que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a suspensão da certificação.

O selo social é uma das condições para produtores participarem dos leilões da Agência Nacional do Petroleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Alguns operadores destacaram que os papéis estavam bastante atrasados, após as quedas expressivas de maio, quando a empresa perdeu a certificação.

No ano, Brasil Ecodiesel cai 28,44%. Em relação ao seu ponto máximo, em 12 de janeiro, de R$ 1,37, os papéis acumulam queda de 43,07%.

Em meio às turbulências internacionais, investidores correram para papéis mais defensivos como os preferenciais da Copel, que subiram 2,53%, para R$ 35,35, e os preferenciais da Eletropaulo, que avançaram 2,25%, a R$ 36,29. Esses ativos foram beneficiados por dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontando alta de 10,5% no consumo de energia elétrica no mês passado em relação a maio de 2009.

Ainda que o ambiente inspirasse cautela, Usiminas permaneceu no foco dos investidores.

As ações preferenciais fecharam o dia com alta de 1,93%, a R$ 50,27, seguidas pelas ordinárias, que avançaram 1,48%, a R$ 49,52. A empresa comunicou que fará um reajuste de 10,75% em todos os seus produtos de aço no mercado interno. Em abril, a siderúrgica elevou os valores entre 11% e 15%.

“Acreditamos que uma segunda rodada de aumento de preços pode permitir às siderúrgicas, especialmente a Usiminas, recuperar margens perdidas no ano passado”, afirmaram os analistas Raphael Biderman e Gina Montone, da Bradesco Corretora, em relatório para clientes. Os analistas recomendam compra das ações da Usiminas, com preço-alvo de R$ 82,4 para as preferenciais.

Já entre os 56 ativos que figuravam entre as quedas do Ibovespa, a maior desvalorização foi da varejista B2W. As ações caíram 4,16%, a R$ 32,68. “O cenário é muito competitivo”, destaca o analista da Ágora, Alan Cardoso. “Somente a participação online da Pão de Açúcar cresceu mais de 100% ao ano e esse share faz um pouco de sombra no cenário da B2W”.

Rossi desceu 4,13%, a R$ 13,45, acompanhando a volatilidade do mercado e devolvendo ganhos dos últimos dias. Cyrela também caiu 3,79%, a R$ 20,59, e fechou o dia como a quarta maior desvalorização.

No setor de telecomunicações, os destaques negativos foram a Telemar (TMAR5), que recuoum 3,91%, para R$ 50,87, a terceira maior queda do Ibovespa, e as ações preferenciais da Vivo, que desceram 3,78%, a R$ 48,40. As notícias sobre os movimentos societários do setor ainda despertam cautela dos investidores.

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