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E o nosso presente?

Cada vez mais, a relação entre conhecimento científico e capacidade de inovação tecnológica se estreita, colocando as nações que mais investem em pesquisa como líderes mundiais. E o Brasil não vem se apresentando como uma delas. O país é superado não apenas pelos tradicionais países desenvolvidos, mas também, a partir da década de 1990, por países emergentes, em especial China e Coreia do Sul, que perceberam mais cedo à necessidade de investimento pesado em educação e de montar um sistema de inovação dinâmico e eficiente, capaz de concorrer, inclusive, com as grandes potências.

Para se colocar efetivamente entre os líderes mundiais em inovação tecnológica, o Brasil busca agregar valor à produção por meio de uma política que leve a indústria nacional a oferecer produtos com competitividade internacional e para isso precisa urgentemente rever suas ferramentas que sinalizam uma boa produtividade versus lucratividade. Caso contrário, continuará a ser, cada vez mais, fornecedor de matérias-primas (as chamadas commodities, ou seja, alimentos, minérios e petróleo bruto) para os países mais ricos.

Assim mesmo destacamos, no nosso caso o etanol, precisando de inovações tecnológicas de processo e de controle microbiológico que traduzam em planta o que nossos valorosos cientistas concluíram ainda na década de 70-80.

Em comparação com o etanol de milho estamos perdendo de 7X1, pois nos EUA os profissionais estão atentos às inovações tecnológicas e de controle microbiológico e são cobrados em suas produtividades versus lucratividade. A fermentação é uma ciência muito antiga e desde seus primórdios nos ensinou os caminhos do controle microbiológico efetivo.

“O simples uso de ciência e tecnologia para continuar produzindo a mesma cesta de bens não vai dar resultados. Por exemplo, a ciência e a tecnologia que colocam baterias elétricas em automóveis, que colocam os chamados combustíveis verdes no lugar de gasolina não bastam para construir uma sociedade nova. Para uma nova sociedade, é preciso mudar o próprio conceito do transporte, a matriz do transporte. A saída para o futuro não está apenas na inovação do combustível, mas na inovação do propósito do uso das inovações”.

Apesar de ter um sistema de educação deixando a desejar, o Brasil dispõe de alguns requisitos para que o processo de inovação tecnológica aconteça. O país possui hoje grande estrutura de pesquisa e forma milhares de pesquisadores, que produzem e publicam os resultados das descobertas em revistas científicas.

A certeza que temos é de que setores industriais que investem em educação, tecnologias cientificamente comprovadas conseguem superar crises econômicas sem se depararem com Recuperações Judiciais.

Estas indústrias contratam profissionais especializados e buscam de forma incansável uma educação continuada e os seus resultados são expressivos, novamente o setor sucroenergético deveria se espelhar em outros segmentos industriais e voltar a respirar de forma inovadora ainda neste presente não dando chances para sucumbir no futuro.

No entanto apesar de termos Indústrias saudáveis dados também demonstram que a indústria tem pouca participação no esforço do Brasil para inovar, muito abaixo do que o setor pratica nos países líderes dos rankings mundiais de educação, pesquisa e inovação tecnológica.

Somente posso sonhar com estas publicações cientificas chegando até no nosso setor e como um passe de mágica sendo incorporadas as descobertas em nossas rotinas e como consequência o ganho em produtividade e esta sendo traduzida em lucros e novos investimentos em melhorias.

Boa safra de 2015 é o que desejo ao nosso setor sofrido, carente, mas que precisa abrir os olhos e inovar.

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