Depois de três quedas, o dólar iniciou o dia hoje em alta de 0,25%, vendido a R$ 3,599 e comprado a R$ 3,589, numa quarta-feira de decisão sobre a taxa de juros _que deve subir dos atuais 25,5% ao ano para cerca de 27%_ e de troca na diretoria do Banco Central.
O ministro Antonio Palocci (Fazenda) anunciou na noite de ontem a substituição de Luiz Fernando Figueiredo (Política Monetária), Tereza Grossi (Fiscalização) e Edison Bernardes (Administração) por respectivamente, Luiz Augusto Candiota, Paulo Sérgio Cavalheiro e João Antônio Fleury.
Sendo os dois últimos funcionário de carreira do BC, o destaque é a escolha de Candiota, que passou pelo Citibank e pelo Fibra e é considerado uma pessoa próxima ao novo presidente do Banco do Brasil, Cassio Casseb.
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O nome, considerado “acertado” por uns, foi classificado como ‘inexpressivo’ por outros. Algo delicado, já que a Política Monetária é a principal diretoria do BC para o mercado, já queque regula a taxa de juros do país e, por conseguinte, a inflação e o cumprimento das metas do governo.
O momento do anúncio também foi considerado inadequado pelos analistas, já que os atuais diretores do BC estão reunidos ontem e hoje no Copom (Comitê de Política Monetária do BC) para decidir, junto com o presidente da instituição, Henrique Meirelles, o destino das taxas de juros do país.
Na teoria, a mudança não afeta o andamento da reunião, pois os novos diretores só serão empossados após serem sabatinados pelo Congresso, mas na prática, pode dar margem a ruídos no mercado.
Ruídos à parte, analistas apostam que os juros subam em pelo menos 1,5 ponto percentual, dada a impossibilidade de cumprir, num cenário de guerra, a meta inflacionária ajustada do governo, de 8,5% no ano.
Segundo o relatório Focus, compilado entre analistas de mercado e divulgado segunda-feira pelo BC, a previsão é de que a inflação no ano fique em 12%. (www.folha.com.br)
