Dólar em queda
O dólar está caindo e para o setor sucroalcooleiro, que tem na exportação boa parte de seus negócios, a queda é altamente prejudicial, principalmente com o início da safra na região Centro-Sul.
Para Raul Rosa, economista da TBC- Commodities de Ribeirão Preto, quem está enfrentado maiores dificuldades com a taxa de câmbio atual são empresas que fizeram vendas de açúcar antecipadas sem fixar o dólar na bolsa.
A conta é simples: se a operação de venda antecipada foi realizada em dezembro. quando o dólar estava na casa de R$ 2,90, e o contrato não foi fixado, hoje, com a cotação da moeda americana a R$ 2,46 o prejuízo beira os 20%, explica Raul. Sua recomendação é para que empresários trabalhem com cautela neste momento de câmbio com tendêcia de recuo.
No Nordeste, a baixa cotação do dólar ainda não afetou os negócios. Caso a tendência de queda continue, pode prejudicar as exportações de açúcar, principalmente, na próxima safra. A informação é do administrador do Porto de Maceió, Domício Silva. Ele explica que há uma diminuição no faturamento, mas, independentemente do câmbio, os contratos fechados com antecedência precisam ser cumpridos. O dólar fechou ontem (10 de maio) a R$ 2,46 – a menor cotação desde 8 de maio de 2002 – quando a moeda americana valia R$ 2,43.
