Dívida líquida do setor atinge R$ 48 bi
O setor sucroenergético acumulou uma dívida líquida de R$ 48 bilhões na safra 2011/12. Esta é a conclusão de um estudo divulgado pelo Itaú BBA em reunião da Câmara Setorial de Açúcar e Etanol do Ministério da Agricultura, em Brasília (DF), na última sexta.
Segundo o documento, o aumento de R$ 5 bi na dívida líquida foi provocada pelo maior custo de produção, em função da quebra da safra de cana-de-açúcar, falta de competitividade do etanol e maiores investimentos na recuperação de canaviais e mecanização.
Segundo o Itaú BBA, para sobreviver, 18% dos grupos analisados do Centro-Sul precisam passar por um processo de fusão e aquisição.
A dívida líquida na safra passada totalizou R$ 105,00 por tonelada de cana-de-açúcar, contra os R$ 86,8 registrados na safra 2008/09, período do início da crise financeira mundial.
De acordo com Alexandre Figliolino, diretor comercial de açúcar e etanol do Itaú BBA, esse aumento foi provocado pela quebra expressiva de cana, o que deixou uma capacidade ociosa de mais de 100 milhões de toneladas no setor, além da perda de competitividade do etanol frente a gasolina.