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Distrito Federal teve 3 aumentos em 3 meses

A contínua elevação dos preços do etanol no mercado é a principal justificativa dos donos de postos de combustíveis no Distrito Federal para explicar os três reajustes que os consumidores de Brasília tiveram de amargar desde o início do ano.

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis), José Carlos Ulhôa Fonseca, nos últimos oito meses o valor pago pelos postos por um litro de álcool hidratado passou de uma média de R$ 1,40 para R$ 2,14, um aumento de quase 53%. “Saímos de uma situação horrível no final do ano para uma situação agora insustentável.”

O último reajuste na capital federal ocorreu na terça-feira, quando os postos passaram a cobrar, em média, R$ 2,49 pelo litro de álcool e R$ 2,87 para a gasolina. “É impraticável abastecer um carro c om o etanol a R$ 2,49 o litro”, disse Fonseca. Desde janeiro, o brasiliense já teve de bancar um aumento médio de 11% no álcool hidratado (etanol) e de quase 4% na gasolina.

Na semana passada, o Sindicombustíveis divulgou uma nota criticando os reajustes dos preços do etanol determinados pela Petrobrás. “Lamentavelmente a Petrobrás acaba de reajustar novamente o preço do etanol, batendo a casa de 21 centavos de acréscimo em apenas 48 horas.” Fonseca também critica a pesa carga de tributos sobre os combustíveis. “Aqui no Distrito Federal, 33% do que é arrecadado de ICMS vem dos combustíveis.”

Numa reunião com os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Edison Lobão (Minas e Energia), na semana passada, os produtores de álcool garantiram que não haverá desabastecimento no País. A antecipação da colheita da cana foi um dos argumentos apresentados dos produtores para tentar diminuir as preocupações do governo.

Segundo o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, o consumidor continuará pagando caro pelo combustível, mas os preços devem ficar estáveis, ao menos nos próximos meses. De acordo com ele, o risco de aumento ocorre apenas no caso do etanol, que é adicionado à gasolina e teve alta acentuada por causa da escassez causada por “problemas de safra”. / COLABOROU MARCELO PORTELA

Disparada

JOSÉ CARLOS ULHÔA FONSECA

PRESIDENTE DO SINDICOMBUSTÍVEIS

“Saímos de uma situação horrível no final do ano para uma situação agora insustentável”

“É impraticável abastecer um carro com o etanol a R$ 2,49”

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