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Diretor da ONU lamenta ataque “precipitado” a biocombustível

Depois de várias semanas de críticas contra o papel dos biocombustíveis na crise dos alimentos, a Organização das Nações Unidas (ONU) enfim admitiu publicamente que o ataque ao etanol – principalmente por parte do relator especial para o direito à alimentação, Jean Ziegler – é um exagero. A afirmação partiu da pessoa mais indicada – o responsável pela nova força-tarefa da ONU encarregada de discutir saídas para a crise.

O diretor, John Holmes, advertiu nesta quarta-feira para a necessidade de se evitar uma resposta precipitada ao desenvolvimento dos biocombustíveis. “Acho que é preciso evitar uma resposta apressada”, disse Holmes à imprensa no seu primeiro dia no cargo. A unidade reúne os chefes das agências das ONU, o FMI e o Banco Mundial. Para Holmes, a generalização das críticas ao biocombustível é uma simplificação negativa.

“Os biocombustíveis foram desenvolvidos em resposta ao problema dos efeitos da mudança climática e à necessidade de diminuir as emissões de gás carbônico”, disse o diretor. “Não foram inventados apenas por prazer.” Enquanto Ziegler classifica a produção de biocombustíveis de “crime contra a Humanidade”, Holmes diz que a situação é “bem mais complexa”. “Em algumas ocasiões, é sensato produzir os biocombustíveis.”

O Brasil, segundo maior produtor mundial de etanol (feito de cana-de-açúcar), atrás dos Estados Unidos (que usa o milho), criticou recentemente “a hipocrisia” dos críticos dos biocombustíveis. “Aqueles que atacam os biocombustíveis nunca questionaram os preços do petróleo. O mundo desenvolvido importa o petróleo sem impostos, e impõe um imposto absurdo ao etanol do Brasil”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (com informações da AFP)

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