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Dilma anuncia mercado secundário

Gás excedente comprado no acordo do gasoduto Brasil-Bolívia irá para o setor industrial. A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse ontem no Rio de Janeiro que o governo estuda um projeto para aproveitar o gás comprado no acordo do gasoduto Brasil-Bolívia (no sistema take-or-pay) e que não é utilizado pelas termoelétricas. O anúncio foi feito durante o Rio Oil & Gas.

O projeto, em análise no Ministério, prevê, desta forma, a criação de um mercado secundário do combustível. A compra do gás excedente seria feita pelo setor industrial, em especial, por aqueles que estão preparados para utilizar mais de um tipo de matriz energética em sua linha de produção.

De acordo com a ministra, este modelo já é utilizado por diversos países, inclusive a Argentina .

“No Brasil, pagamos por um gás que não é usado todos os meses do ano. O que nós podemos fazer é constituir um mercado secundário. O consumidor, neste caso a indústria, teria um preço menor para o gás, posto que este pode se utilizar de outros combustíveis, que passariam a atuar como back-uo. Quando o gás fosse interrompido, para uso primário nas termoelétricas, a indústria voltaria sua planta para a matriz energética original”, comentou.

Em estimativas apresentadas pela ministra, o consumo de gás natural no país deverá alcançar, entre 2005 2010, 117 milhões de metros cúbicos dia, sendo 23 milhões no mercado secundário. Dilma Rousseff ressaltou, contudo, que não há um prazo para a conclusão desta análise e nem um consenso de como o projeto será implementado.

Parceiros privados

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que a estatal analisa, juntamente com parceiros privados, um projeto de unidade mista de refinaria com fornecimento de matéria prima petroquímica.

O estudo do projeto deve ser finalizado em dezembro. De acordo com Costa, os investimentos somam US$ 3,5 bilhões entre quatro e cinco anos.

O diretor informou ainda que a capacidade de processamento da unidade equivale a uma refinaria de médio ou grande porte. diretor informou ainda que a capacidade de processamento da unidade equivale a uma refinaria de médio ou grande porte. Paulo Roberta Costa não quis estimar a capacidade da unidade mista, explicando que até o fim da análise do projeto o valor pode ser alterado.

Ele não mencionou, porém, a localização da unidade. Mas analistas de mercado dão como certa que a planta será instalada no município de Itaguaí, no estado do Rio em parceria com o grupo Ultra.

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