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Destilaria paranaense investe em ensino básico

O município de Nova América da Colina, no norte do Paraná, não ficou imobilizado ao constatar que seus alunos de nível básico obtiveram uma das piores notas do Brasil na classificação do Índice Nacional de Educação Básica.

Em entrevista a este Jornal, o prefeito Alceste Iwanaga de Santana recorreu a uma instituição de Ribeirão Preto (SP), denominada Sistema COC de Ensino, que dá assistência a um universo de 150 mil alunos em 80 municípios do Estado de São Paulo.

Como esse atendimento tinha um custo, a Prefeitura buscou e conseguiu apoio de duas empresas para essa parceria – que em princípio tem caráter experimental – e o obteve da Destilaria Americana, de Nova América, e do Instituto Aguativa, de Cornélio Procópio. Esses grupos empresariais contribuirão com 40% dos gastos.

Sensibilizados pelo índice baixo do ensino nessa comunidade paranaense, técnicos do Sistema COC vieram a Nova América da Colina e resolveram cooperar financeiramente com o restante. As aulas do ano letivo no município vão começar nas primeiras semanas de fevereiro, já com a nova metodologia.

Por mérito desse convênio conjunto, não haverá gasto adicional do poder público. O sistema adota material didático específico, treinamento pedagógico constante para os professores, portal de internet e teleaulas para a realização de cursos de educação continuada, além de reuniões com os pais de alunos e da visita semestral de assistentes do Sistema COC.

A parceria disponibiliza 50 bolsas para pós-graduação em gestão escolar. Haverá também um programa de capacitação dos professores para a execução da nova metodologia.

Avanços na melhoria do ensino ocorrem por iniciativas como esta. Está aí um exemplo que, se der certo em Nova América – como acontece em municípios paulistas – pode ser adotado em outras escolas do Paraná, mediante custeio bancado pelas prefeituras ou por parcerias com empresas e instituições privadas.

Importa que aquele município não permitiu a continuidade do baixo índice de aprendizado que vinha imperando e a propaganda negativa gerada por essa situação. O fator decisivo para a mobilização, que resultou no convênio, foi mesmo o impacto causado pela constatação da baixa nota escolar – apenas 1,7 numa escala de 0 a 10, em 2007.

No ano de 2005 o índice foi ainda mais baixo (1,2), e em 2006 não foi muito diferente. É relevante destacar que não houve acomodação e, ao invés de ficarem contemporizando o problema, as autoridades foram atrás de solução, e ao menos por ora a encontraram.

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