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Destaque dos testes de biodiesel de cana: emprego de motor eletrônico e bomba common rail

Através de parceria estabelecida entre a PSA Peugeot-Citröen e o projeto BiodieselBrasil coordenado pelo LADETEL da USP/RP, o biodiesel de cana que é produzido empregando óleos vegetais e álcool de cana (etanol anidro), está sendo utilizado com grande sucesso em motores eletrônicos.

Os carros e motores cedidos pela PSA Peugeot-Citröen são o que existe de mais moderno em matéria de motorização eletrônica. Os testes são realizados em carros cujo componente obrigatório é o gerenciamento eletrônico de injeção de combustível. De quebra, os veiculos são equipados com piloto automático de série.

Os motores têm como característica principal a utilização do sistema common rail o qual possibilita pressão constante de injeção em torno de 1.300 bar. Para se ter uma idéia do avanço tecnológico que isso representa, basta dizer que atualmente no máximo duas montadoras de caminhões utilizam a tecnologia common rail no país.

O programa de testes veiculares PSA/LADETEL, que também realiza em paralelo testes em bancadas dinamométricas, tanto na França quanto no Brasil, está servindo para diminuir a preocupação e as reservas de alguns setores da indústria automobilística que achavam que o biodiesel etílico (de cana) poderia ser usado sem problemas somente em motores equipados com bombas em linha ou ciclo-rotativas. Em função da legislação que exige menores índices das emissões veiculares, as bombas em linha deixarão de ser fabricadas no Brasil no próximo ano e as bombas common rail passarão a ser um componente obrigatório a partir de 2005.

Outro ponto de alto destaque é a comprovada redução da emissão de gases poluentes como monóxido e dióxido de carbono, material particulado, hidrocarbonetos totais e outros gases como SOx e NOx.

A emissão de NOx tem sido uma constante preocupação quando se trata do uso de biodiesel. Porém os pesquisadores do LADETEL e da EESC, que integram o projeto BiodieselBrasil tem demonstrado que somente em regimes de alta rotação (onde temperaturas superiores a 700 °C são atingidas) e a plena carga, essas emissões podem ser iguais ou superiores às emissões com diesel de petróleo, enquanto na maioria das condições de trabalho (rotações abaixo de 2000 rpm) ocorre uma redução significativa do NOx.

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