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Desembolsos do BNDES em 2004 serão 43% maiores

O vice-presidente do BNDES, Darc Costa, considerou ontem, no Rio de Janeiro, um desafio a realização do orçamento de desembolsos em 2004, da ordem de R$ 47,3 bilhões. “É um desafio enorme para nós e reflete claramente a intenção desenvolvimentista do governo neste ano”, afirmou.

O orçamento representa aumento de 43% sobre o que foi efetuado em 2003. Darc Costa admitiu que o valor previsto de desembolsos poderia ser ainda maior se o banco se capitalizasse. A questão, conforme analisou, já está colocada junto ao governo federal e será resolvida. O orçamento não conta com a fonte de capitalização do Tesouro, acrescentou.

O orçamento para 2004 terá como base o retorno de operações pretéritas, estimado por Darc Costa em mais de R$ 33 bilhões no exercício. Outras fontes serão operações junto a organismos institucionais, como Banco Mundial (Bird) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no total de U$ 1 bilhão, e recursos do FAT no montante de R$ 11 bilhões, somando FAT Especial (R$ 5 bilhões) e Fat Constitucional (R$ 6 bilhões), além de novos mecanismos de captação no mercado interno, que incluem, por exemplo, o lançamento do fundo de ações BNDES, ora em estudo pela área técnica da instituição.

Costa afirmou que, em virtude da redução dos prazos dos financiamentos, o retorno desses créditos pretéritos será mais rápido. Ele acredita ainda que o orçamento de 2005 deverá ser maior do que o deste ano.

Dentro do orçamento de R$ 47,3 bilhões para 2004, o BNDES está prevendo crescimento de 89% nos financiamentos ao setor de infra-estrutura, destacando os segmentos de energia e transporte, para os quais as liberações de recursos deverão, no primeiro caso, passar de R$ 7 bilhões, e no segundo chegar a R$ 5 bilhões, revelou. As operações de financiamento ao segmento de telecomunicações deverão ser retomadas pelo banco este ano, superando R$ 1 bilhão.

Haverá crescimento nos desembolsos de 24% para o setor agrícola , que recebeu R$ 4,5 bilhões em 2003, com o objetivo de ampliar a produtividade do setor, através de novas máquinas e equipamentos e programas dirigidos a segmentos específicos.

Já o financiamento ao setor industrial deverá aumentar em 28%. Os segmentos que demandarão mais recursos são material de transporte (aviões da Embraer e vagões ferroviários), agroindústria, papel e celulose, metalurgia e siderurgia. Cada um desses setores deverá receber R$ 1 bilhão a mais do que o montante recebido no ano passado, garantiu Darc Costa.

Para a área social do BNDES, que engloba educação e saúde, de acordo com a definição do IBGE, a meta é crescer o volume de desembolsos perto de 80%, enfatizando o apoio do Banco à área social.

Isso representará cerca de R$ 1 bilhão para as duas atividades, contra R$ 345 milhões em 2003. Incluindo os departamentos sociais do banco, que trabalham com agricultura familiar, gestão municipal, agroindústria, crédito à produção, entre outras áreas, os desembolsos sociais em 2003 somaram R$ 1,5 bilhão e devem alcançar em 2004 algo em torno de R$ 3,930 bilhões, informou o vice-presidente do BNDES. (Fonte: Agência Brasil)

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