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Desafios do etanol

Depois das primeiras ondas contrárias, o etanol ressurge no topo das especulações sobre o futuro dos combustíveis. Em projeções divulgadas nesta semana, a perspectiva é que os biocombustíveis venham a movimentar algo como US$ 247 bilhões em 2020.

Essa conta faz parte do de um relatório intitulado Biofuels Markets and Technologies assinado por uma instituição de pesquisa e consultoria de mercados internacionais de tecnologias limpas chamada pelo Instituto Pike. O documento foi bem aceito pelas comunidades verdes, sempre temerosas dos impactos ambientais que possam advir de uma explosão de consumo dos combustíveis derivados de vegetais.

Segundo o estudo desse instituto, a tendência mundial “aponta para um forte crescimento do setor nos próximos anos, contando inclusive com investimentos de grandes companhias de petróleo, e faz referência a liderança do Brasil, que deve se tornar um grande exportador do produto no futuro”.

E fundamenta que “a procura cada vez maior pelos biocombustíveis como uma alternativa com baixas emissões de dióxido de carbono (CO2) e políticas como a mistura obrigatória de etanol na gasolina devem levar ao crescimento anual de 15% desse mercado, que poderá movimentar quase 1/4 de trilhão de dólares em 2020”.

Em termos de mercado universal de combustíveis, algo absolutamente gigantesco, todos os valores são relativos, mas 1/4 de trilhão de dólares é, em quaisquer circunstâncias, uma soma atrativa em termos de macronegócios. O Brasil é, potencialmente, o principal candidato para abocanhar a fatia do leão nesse processo.

Não se dará automaticamente a ocupação desse espaço potencial. Dependerá de investimentos acertados, de ousadia empresarial e governamental e de adoção de políticas sustentáveis – questão de primeira ordem para os grandes mercados compradores.

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