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Desafio do mercado de energia elétrica

Definitivamente precisamos abandonar a cultura do imediatismo. A revolução promovida no marco regulatório do setor elétrico, nos últimos sete anos, não foi originariamente concebida para transformar um setor monopolista em um mercado livre da noite para o dia. Não se trata, nem mesmo, de adotarmos apenas o modelo estatal ou o modelo liberal. Devemos buscar a conjugação de esforços dos setores público e privado para a promoção de uma expansão gradual e sustentável, para diversificar a matriz energética do País e aumentar a confiabilidade do sistema nos grande centros urbanos. Quantos desses objetivos foram realmente alcançados desde a edição da Lei n 9.074/95?

Até este momento, presenciamos um setor em conflito, debatendo fórmulas antagônicas de gestão da indústria, restando prejudicados, sem exceção, todos os agentes. Enquanto era discutida a definição do novo modelo, o País foi vítima de um racionamento de energia elétrica previsível e presenciou discussões infindáveis que resultaram na paralisação das atividades de contabilização e liquidação do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE), apenas retomadas no final do último ano.

Por isso propomos uma avaliação cuidadosa das razões que levaram à estagnação do setor elétrico, evitando cair no “generalismo” que normalmente acomete os críticos do programa de reestruturação. Se, por um lado, faz-se crítica à implementação das reformas, é inegável que estas trouxeram uma série de benefícios. Em outras palavras, não há porque abandonar os novos conceitos trazidos ao setor, mas há que se aprimorá-los.

( Gazeta Mercantil)

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