Demanda por hidratado volta a crescer
O mercado para o álcool hidratado no país parecia estar se evaporando, sobretudo a partir dos anos 90, com o fim da fase áurea dos carros a álcool no Brasil. Nos anos seguintes, o álcool anidro (usado na mistura com a gasolina) passou a ganhar espaço, aumentado a participação nas vendas e levando as usinas a fazer investimentos pesados na sua industrialização. O jogo, contudo, parece ter se invertido mais uma vez, desta vez com chances de prorrogação para o mercado de hidratado.
O mercado de carros flex-fuel – que permite o uso de álcool e gasolina – está conquistando os consumidores do país. Além disso, a vantagem de preços para o álcool hidratado sobre a gasolina também está aumentando a demanda pelo produto no mercado.
O consumo de álcool hidratado teve seu auge durante a década de 80, quando os carros a álcool chegaram a representar mais de 90% da produção das montadoras de automóveis no Brasil. Nesta safra, já começa a recupera impulsionado pelas vendas dos veículos flex-fuels.
A expectativa da Unica é de que entre 2006 e 2007 as vendas de carro flex-fuel representem 67% do total comercializado no país. Se confirmadas as expectativas, o consumo de álcool anidro deverá se estabilizar em 7 bilhões de litros nos próximos anos, enquanto a produção de álcool hidratado poderá alcançar 12 bilhões até 2010.
De acordo com levantamento da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), foram comercializados no país 150,8 mil veículos flex-fuel e 25 mil carros movidos a álcool de janeiro a julho de 2004. Em todo o ano passado, as vendas desses modelos somaram 84,6 mil unidades. Em 2003, as vendas dos flexfluel e dos veículos a álcool representaram quase 7% do total de veículos negociados no país. O índice subiu para 21% até julho deste ano.
Confira matéria completa na edição de setembro do JornalCana.
