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Demanda por biodiesel atrai novas fábricas da Basf e DuPont para o Brasil

O grande avanço do consumo de biodiesel no País tem despertado o interesse das empresas químicas multinacionais em fabricar localmente insumos que antes eram apenas importados.

As fabricantes alemã Basf e a americana DuPont, em parceria com a brasileira JBS, estão construindo, em separado, fábricas no País para a produção de metilato de sódio, um catalisador usado na produção de biodiesel. Hoje, essas empresas importam o insumo de suas matrizes.

A Evonik, outro fornecedor de metilato de sódio importado, tem planos para o Brasil. Mas, por enquanto, os investimentos estão em estudos, informou a empresa.

Produção de biodiesel

Calcula-se que o mercado brasileiro movimente cerca de 50 mil toneladas deste insumo que hoje é cotado a cerca de US$ 350 por tonelada, dizem os fabricantes. A expectativa é que a demanda cresça conforme o consumo de biodiesel.

“O crescimento do biodiesel deve ser da ordem de 50% a 60% nos próximos cinco anos”, diz o vice-presidente da Basf para a América Latina, Fernando Figueiredo. A expectativa da empresa alemã é que o Brasil avance da quarta posição para o terceiro posto de maior produtor de biodiesel, superando a França. Alemanha e EUA são os maiores produtores.

O biodiesel é uma mistura de óleo vegetal (principalmente soja no Brasil) e um reagente (metanol ou etanol, que no Brasil é obtido da cana-de-açúcar). O metilato de sódio funciona como um acelerador desta reação.

Fábricas

A Basf lançou nesta quarta-feira a pedra fundamental de sua fábrica para produção do insumo no seu complexo industrial em Guaratinguetá, no interior de São Paulo. A unidade, que tem capacidade de produção de 60 mil toneladas, começa a operar no segundo semestre de 2011.

Será a primeira unidade de produção de metilato de sódio da Basf fora da Alemanha. O investimento está na “casa dos dois dígi! tos de milhões de euros”, diz a empresa. “É para não despertar a concorrência”, diz o vice-presidente da Basf para a América Latina, Fernando Figueiredo.

Desde o início de 2010, o mercado brasileiro está operando com a mistura de 5% de adição de biodiesel no diesel, o B5, como forma de estimular a produção nacional e atender o crescimento da frota de veículos doméstica.

A Basf projeta que 15% da demanda anual de biodiesel, representando 30 milhões de toneladas, venham da América do Sul em 2015.

Na mesma linha da Basf, a americana DuPont e o frigorífico brasileiro JBS fecharam acordo para produção de metilato de sódio. As empresas não revelam o valor do investimento. A produção, que já começa em julho, será feita numa unidade da JBS em Pirapozinho (SP) que também terá capacidade de 60 mil toneladas anuais.

A tecnologia é da DuPont, maior produtora de metilato de sódio dos EUA. A JBS, que encampou o projeto com a incorporação do grupo Bertin, fornecerá a matéria-prima.

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