Cogeração

Demanda global por eletricidade deve crescer a um ritmo mais rápido nos próximos três anos

No Brasil, indicando as fontes renováveis serão responsáveis por impressionantes 95% da matriz elétrica do país até 2026

(Freepik)
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A crescente demanda global por eletricidade projeta um aumento expressivo nos próximos três anos, com destaque para o Brasil, onde fontes renováveis deverão representar uma impressionante parcela de 95% na matriz elétrica até 2026.

Conforme aponta um recente relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), estima-se que as fontes renováveis desempenhem um papel significativo, saindo de 30% em 2023 para 37% em 2026, impulsionado principalmente pelo avanço acessível da energia solar fotovoltaica.

Além da energia solar, o relatório destaca as fontes nuclear, eólica e hidroelétrica como protagonistas-chave na busca por alcançar essa meta. A AIE sugere que o rápido crescimento das energias renováveis, aliado ao aumento na geração nuclear, está prestes a superar o carvão nos próximos três anos, representando mais de um terço da produção total de eletricidade até o início de 2025.

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O relatório também prevê que a produção de energia nuclear atinja um máximo histórico global até 2025, impulsionada pelo aumento na produção da França, reativação de centrais no Japão e a entrada em operação de novos reatores em diversos mercados, incluindo China, Índia, Coreia e Europa.

O estudo revela que, embora o crescimento global da demanda por eletricidade tenha ligeiramente desacelerado para 2,2% em 2023, devido à redução no consumo em economias avançadas, a previsão é de uma aceleração para uma média de 3,4% de 2024 a 2026. Cerca de 85% desse aumento virá de fora das economias avançadas, principalmente da China, Índia e países do Sudeste Asiático.

Quando a parcela de combustíveis fósseis na produção global cair abaixo dos 60%, marcará a primeira vez, em mais de cinco décadas de registros da AIE, que essa percentagem será inferior a esse limiar.

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O Diretor Executivo da AIE, Fatih Birol, destaca: “O setor de energia atualmente emite mais CO2 do que qualquer outro na economia mundial. É encorajador ver que o rápido crescimento das energias renováveis e a expansão contínua da energia nuclear estão alinhados para atender a toda a crescente demanda global de eletricidade nos próximos três anos”.

No contexto brasileiro, as projeções da AIE são otimistas, indicando que as fontes renováveis devem responder por impressionantes 95% da matriz elétrica do país até 2026. “Antecipamos que a maioria da nova demanda por eletricidade no Brasil será suprida por meio de energia eólica e solar fotovoltaica até 2026. Segundo nossas previsões, a produção combinada dessas fontes em 2026 será quase 50% superior à registrada em 2022”, conclui o documento.

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