O déficit no mercado global de açúcar na safra 20/21 (outubro/setembro) deverá ser de 3,3 milhões de toneladas divulgou nesta segunda-feira (25), a consultoria StoneX.
“Apesar da maior produção esperada na Índia, as perspectivas cada vez mais claras de menor potencial produtivo em players como Tailândia e União Europeia reforçam a menor oferta da commodity no mercado internacional”, afirmou a consultoria em nota.
Além disso, a maior demanda por açúcar projetada para 20/21 também contribuíram para elevar a projeção do déficit, que caso se concretize, será o maior desde a temporada 2015/16.
De acordo com a consultoria, os estoques finais do ciclo 20/21 deverão ser de 74,0 milhões de toneladas. A produção total de açúcar foi revisada para 183,6 milhões de toneladas, 0,3% acima do volume produzido em 2019/20. Já o consumo de açúcar deverá ficar nas 186,9 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 0,7% comparada ao ciclo anterior.
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A StoneX também estimou que o Centro-Sul do Brasil processará na safra de cana-de-açúcar 21/22, 590 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 2,6% em relação ao ciclo atual.
Em relação ao ATR, a consultoria projeta que o indicador aumente frente à projeção anterior, considerando os impactos das condições climáticas mais secas ao longo dos últimos meses sobre a concentração de açucares na cana.
Conforme dados divulgados, o mix deverá ser açucareiro, com 45,2% em 2021/22, sendo a produção da commodity no CS estimada em 35,5 milhões de toneladas, representando uma queda de 7,3% em relação à temporada atual. No caso do etanol, a produção deve atingir 26,6 bilhões de litros, ficando 4,9% abaixo do volume produzido na safra atual.