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Dedini construirá primeira planta de biodiesel em usina

A Barrálcool, de Barra dos Bugres (MT), vai investir R$ 25 milhões em uma fábrica de biodiesel anexa à usina de açúcar e álcool. Esta é a primeira planta integrada a uma usina sucroalcooleira no país, segundo José Luiz Olivério, vice-presidente de negócios da indústria de base Dedini, empresa responsável pelo projeto.

A planta de biodiesel deverá entrar em operação a partir de julho de 2006, com capacidade para processar 50 milhões de toneladas de oleagionosas (ou 57 milhões de litros), disse Olivério.

Segundo João Petroni, diretor-presidente da Barrálcool, a empresa vai assinar hoje uma parceria com agricultores familiares da região de Barra dos Bugres, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Esses agricultores familiares deverão fornecer parte dos grãos para a produção de biodiesel.

Petroni afirmou que os assentados deverão ser responsáveis por até 20% do fornecimento dos grãos para a nova planta. Os outros 80% dos grãos serão provenientes da própria usina, que realiza rotação de cultura da cana-de-açúcar com a soja.

Segundo Olivério, a Barrálcool vai ter uma economia de 20% a 25% com a instalação de uma planta anexa. “O fato de ser integrada facilita pela estrutura já existente e também pela utilização da energia [gerada pela própria usina com a queima do bagaço]”, disse Olivério. Petroni, da Barrálcool, disse que a empresa contratará mais funcionários para trabalharem na nova planta.

A planta de biodiesel produzirá o produto por meio de duas rotas – a etílica, com a utilização de álcool, considerada 100% ecológica, e a metílica, com metanol. Segundo Petroni, toda a produção de biodiesel deverá ser adquirida pelo governo federal. O governo já tinha anunciado que fará leilões de compras de biodiesel, que deverá ter sua mistura obrigatória de 2% ao óleo diesel a partir de 2008. A demanda anual no país está projetada em 800 milhões de litros por ano.

A Barrálcool foi fundada há 23 anos e tem o perfil voltado para a produção de álcool. Nesta safra, a 2005/06, a moagem foi de 1,9 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, 13,6% abaixo do mesmo período do ano passado, por conta da forte seca que atingiu a região, segundo Petroni. Para a nova safra, a 2006/07, a expectativa é de que a moagem atinja 2,3 milhões de toneladas.

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