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Dedini anuncia parceria para concentrar vinhaça

A indústria de base Dedini, de Piracicaba (SP), maior empresa de tecnologia para o setor sucroalco oleiro, vai anunciar hoje uma parceira com a companhia austríaca Vogelbusch, uma das líderes mundiais em otimização de energia, para a produção concentrada de vinhaça. A vinhaça é um subproduto do álcool, extraído do caldo da cana e rico em potássio, utilizado pelas usinas para adubação nos canaviais.

“Hoje, para cada litro de álcool produzido, são produzidos cerca de 10 litros de vinhaça”, explicou José Luiz Olivério, vice-presidente de negócios da Dedini. Segundo ele, a nova tecnologia permitirá a concentração da produção da vinhaça. “A cada litro de álcool produzido, produziremos um litro de vinhaça concentrando as mesmas características do produto”, disse.

A tecnologia consiste em retirar a água durante o processo produtivo, mantendo os nutrientes do subproduto do álcool. Olivério informou que a Vogelbusch tem a expertise em otimização de energia para vinhaça. A parceria com a Dedini permitirá difundir a utilização deste tecnologia no Brasil. “Temos condições de oferecer essa tecnologia de imediato no país”, disse.

Segundo o executivo, a economia durante o processo produtivo beneficiará as usinas. “As usinas ganham com o baixo custo de consumo de energia e reduzem seus custos também durante o processo de aplicação da vinhaça ao solo”, afirmou.

O anúncio desta parceria será divulgado hoje, em Piracicaba, durante o Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agricultura Canavieira (Simtec), informou Olivério. “Entendemos que o setor sucroalcooleiro está em sua terceira grande fase de expansão. A necessidade de tecnologia que integre a lavoura e as usinas é cada vez maior”, disse.

Com um faturamento da ordem de R$ 450 milhões no ano passado, a Dedini também está desenvolvendo tecnologia para a produção de biodiesel. Neste ano, a empresa desenvolveu a primeira planta para a produção de biodiesel, que foi adquirida pela Agropalma.

Durante o Simtec, executivos da consultoria Delloite informaram que o interesse de grupos estrangeiros pela atividade sucroalcooleira cresce. “Várias empresas internacionais já nos procuraram pedindo pesquisas sobre o setor”, disse Reinaldo Grasson de Oliveira, consultor da empresa. Neste ano, segundo a consultoria, foram investidos no país R$ 1 bilhão em projetos de ampliação de usinas e novas plantas, valor 60% maior se comparado com o mesmo período do ano passado.

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